Retrospectiva 2024: começo difícil, perseverança e o sonho realizado do Volta
Redonda
Em temporada histórica, clube alcança sonho antigo de voltar à Série B do
Brasileirão e conquista a glória nacional pela segunda vez
Jogadores do Volta Redonda comemoram título da Série C do Brasileiro
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Jogadores do Volta Redonda comemoram título da Série C do Brasileiro
O ano de 2024 certamente vai viver por muito tempo na memória do torcedor do
Volta Redonda
[https://globoesporte.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/futebol/times/volta-redonda/].
O acesso à Série B do Brasileirão, com direito ao título da Série C, chegou em
um ano com altos e baixos, sem grandes expectativas e que demandou muita
paciência e perseverança.
Vale lembrar que há 10 anos, em 2014, o Volta Redonda era um clube sem divisão
nacional e sem muita perspectiva de escalar tantos degraus no cenário nacional.
Principalmente se soubesse que o ainda teria que competir com as SAF’s, com
clubes em ascensão com fortes investimentos de curto e médio prazo.
ATO 1: CAMPEONATO CARIOCA ABAIXO DO ESPERADO
A construção de uma temporada de sucesso começou com pequenos fracassos. Antes
do Campeonato Carioca, a perda do treinador Rogério Corrêa, negociado com o CSA,
após a frustração de ver o acesso escapar por um gol de saldo em 2023. A
temporada começa com Felipe Loureiro no comando técnico e um desempenho muito
aquém do que foi visto nos últimos anos.
Com o “Maestro”, o Voltaço jogou oito partidas no Carioca e obteve duas
vitórias, dois empates e quatro derrotas — um aproveitamento de 33% e a 9ª
colocação da Taça Guanabara. O time não empolgou e demonstrou pouco brio no
início da temporada.
Se as coisas não iam bem com o Volta Redonda, com Rogério Corrêa, no CSA, a
situação também não foi boa. O treinador foi demitido com apenas dois jogos no
comando da equipe alagoana. E se nenhum dos dois trilharam caminhos de sucesso,
a solução foi reatar o casamento.
ATO 2: CASAMENTO REATADO
Sai Felipe Loureiro, volta Rogério Corrêa. E, no fim das contas, é possível
dizer que a campanha ruim no Campeonato Carioca teve um lado bom. Nos anos
anteriores, o Voltaço fez campanhas expressivas no Estadual e a consequência foi
a perda dos principais jogadores para um mercado com cifras desleais, o que
acabava gerando a frustração de ter que recomeçar do zero.
O Volta Redonda se reforça no início da Série C e o trabalho de Rogério Corrêa
começa a decolar. O clube inicia a disputa do Brasileirão ocupando a parte de
cima da tabela, com o artilheiro Ítalo Carvalho em grande fase.
Nesse momento, o fantasma da perda dos destaques por propostas melhores volta a
assombrar o clube.
Ítalo Carvalho, o grande nome da campanha, responsável por 8 dos 21 gols do
Volta Redonda até então, vira baixa no elenco e é emprestado ao Daegu, da Coréia
do Sul.
Para superar a perda, o clube traz de volta o centroavante Bruno Santos,
que se destacou em 2022 e o jogador se transforma, aos poucos, na referência do
time.
ATO 3: A CONQUISTA DE GLÓRIA NACIONAL
Mesmo com pequenas oscilações, Volta Redonda se classifica para o quadrangular
final e precisa encarar adversários de peso: o Remo, com um ‘fator casa’ muito
forte; o Botafogo-PB, com a melhor campanha da primeira fase; e o São Bernardo,
com grande investimento no elenco. E o clube do Sul do Rio supera um por um.
A campanha no quadrangular começa com uma sequência de empates, mas o Volta
Redonda engrena e começa a superar os adversários na tabela, conquistando o
acesso à Série B e, ainda, uma vaga na final. O sonho do clube, que tentava a
Série C pela sétima vez consecutiva, se tornou realidade. Depois de 26 anos, o
Volta Redonda retornou para a segunda divisão nacional.
Ainda teve tempo de fazer mais história ainda. O Volta Redonda enfrenta o
potente Athletic-MG na final e não entra como favorito na decisão, mas
surpreende. Depois de vencer em casa por 1 a 0, a equipe ‘cascuda’ de Rogério
Corrêa vai até São João Del Rei, em Minas Gerais, e desbanca o Athletic com uma
vitória por 2 a 0 fora de casa. E, assim, termina o coroado ano de 2024 do
Esquadrão de Aço.
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