Suspeita de aplicar golpe, influenciadora foragida da justiça desafia as autoridades com postagem polêmica

Rayene Carla Reis Lima, líder de grupo que extorquia vítimas no RJ, segue foragida. Golpe envolvia 'falsa garota de programa' e exigia até R$3,5 mil para não expor nas redes.

Gosto muito dessa vida cara’, postou foragida da Justiça por suspeita de aplicar o golpe da ‘falsa garota de programa’

Rayene Carla Reis Lima é apontada como a líder do grupo que extorquiu mais de 30 vítimas no RJ. Os suspeitos pediam entre R$ 600 e R$ 3.5 mil para não expor os alvos nas redes sociais.

Rayene Carla Reis Lima é apontada como a líder do grupo que extorquiu mais de 30 vítimas no RJ. A mulher, que se apresenta como criadora de conteúdo digital, especialista e amante de maquiagem em suas redes sociais, possui mais de 5 mil seguidores. Em seus posts, ela compartilha momentos de luxo, fotos de sua filha e vídeos onde demonstra truques de maquiagem.

Em uma de suas publicações, Rayene é vista de biquíni em um jet ski, com a legenda: ‘Gosto muito dessa vida cara’. Essa postagem chamou a atenção dos agentes da 17ª DP (São Cristóvão), que descobriram que ela lidera um trio criminoso, junto com seu irmão Ryan Carlos Reis Lima e sua prima Sarah Santos Borges, sendo que os dois foram presos recentemente.

Os três membros do grupo já fizeram mais de 30 vítimas, conforme as investigações. O golpe em questão envolve uma falsa garota de programa que atrai e extorque homens pela internet.

De acordo com a Polícia Civil, o golpe operava em duas etapas. Inicialmente, uma mulher se passava por garota de programa online para iniciar conversas com as potenciais vítimas. Após atrair um suposto cliente, os golpistas passavam a trocar mensagens com o objetivo de obter fotos íntimas ou explicitas.

Posteriormente, outro membro do grupo iniciava a segunda etapa do golpe, reunindo dados pessoais dos alvos e de seus familiares, além do endereço da vítima. Então, eles se faziam passar por milicianos, alegando que o alvo havia faltado a um suposto programa anteriormente combinado e exigindo valores entre R$ 600 e R$ 3,5 mil para evitar a divulgação das imagens íntimas nas redes sociais.

As mensagens trocadas pelos criminosos com as vítimas eram ameaçadoras e agressivas, com promessas de violência e intimidação. O trio foi encontrado com um manual da extorsão, que descrevia em detalhes o passo a passo do golpe das falsas garotas de programa.

Os investigadores da 17ª DP continuam levantando registros de ocorrências para determinar o número total de vítimas do grupo. A delegada responsável pela investigação destaca que o número oficial de 31 vítimas pode não refletir a realidade, pois muitas pessoas não denunciam por vergonha do crime sofrido. A líder do grupo, Rayene Carla Reis Lima, segue foragida da Justiça.