Tornozeleira eletrônica e fuga para outro país: saiba como está a situação de moradores do Vale do Paraíba que participaram do 8 de janeiro
Ao menos cinco moradores da região foram detidos nos atos golpistas que aconteceram em Brasília (DF) no dia 8 de janeiro de 2023.
Criminosos são vistos através de janela vandalizada do Palácio do Planalto, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023 — Foto: Adriano Machado/Reuters
Os atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023 completam, nesta quarta-feira (8), dois anos. De lá para cá, mais de 370 pessoas foram condenadas por incitarem ou executarem esse ato.
No Vale do Paraíba e região, pelo menos cinco pessoas tiveram envolvimento com o 8 de janeiro. Alethea Verusca, Fabrício Gomes, Felipe Rosa, Letícia Lima e Marisa Cardoso. Eles são moradores de cidades como São José dos Campos, Taubaté, Guaratinguetá e Ilhabela.
Nesta reportagem, o de relembra as condenações de cada morador da região, atualizando como ficou a situação judicial de cada um. Confira em ordem alfabética:
ALETHEA VERUSCA
Alethea Verusca Soares morava em São José dos Campos (SP) na época dos atos golpistas. Ela foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 16 anos e 6 meses de prisão por abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
Além disso, ela foi condenada ao pagamento de multa de cerca de R$ 47 mil e pagamento, junto com outros condenados, de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 30 milhões.
As fotos dela no ato golpista fazem parte do processo em que ela foi condenada pelo STF. As imagens foram feitas por ela mesma durante a invasão em Brasília. Alethea foi presa dentro do Palácio do Planalto e só conseguiu a liberdade provisória sete meses depois.
Em maio do ano passado, a Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a inclusão de Alethea Verusca na lista de procurados da Interpol.
FABRÍCIO GOMES
Natural de Jacareí (SP), Fabrício de Moura Gomes residia em Ilhabela, no Litoral Norte de São Paulo, na época do crime. Após a ação, ele chegou a prestar depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal, afirmando que “não sabia que não podia entrar no Congresso Nacional”.
À época, no depoimento, Fabrício disse há cerca de 60 dias ele participava de uma manifestação golpista em frente à Marinha, na cidade de São Sebastião, também no Litoral Norte de SP e que, junto com um grupo de amigos que participam do acampamento, decidiu fretar um ônibus para ir a Brasília.