Serra do Japi: patrimônio da humanidade e pulmão de Jundiaí

Serra do Japi: patrimônio da humanidade que acompanha crescimento de Jundiaí, protegendo fauna e flora. Conheça a importância desse "pulmão da cidade".

Patrimônio da Humanidade, Serra do Japi acompanha Jundiaí crescer e contribui para preservação da fauna e flora: ‘Pulmão da cidade’

Serra do Japi é casa para inúmeras espécies de plantas e animais. E, além da importância para a biodiversidade da região, o local também possui uma relação estreita com os moradores de Jundiaí (SP), município que celebra 368 anos neste sábado (14).

Gigante, imponente e centenária. Com seus 350 km², a Serra do Japi pode ser vista de qualquer lugar da cidade de Jundiaí (SP) e chama a atenção não só pelo verde vibrante, mas pelas histórias que carrega.

Ela é um raro remanescente da Mata Atlântica no interior de São Paulo e faz divisa com quatro municípios: Jundiaí, Pirapora do Bom Jesus, Cajamar e Cabreúva.

Em 1983, a serra foi tombada como Patrimônio Natural da Humanidade pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) e, em 1992, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

Formada por uma pequena cadeia montanhosa, a Serra do Japi é casa para inúmeras espécies de plantas e animais. E, além da importância para a biodiversidade da região, o local também possui uma relação estreita com os moradores de Jundiaí, município que celebra 368 anos neste sábado (14).

Aos pés da serra, a moradora Mafalda Gobbo compartilha a rotina com a natureza, e celebra a oportunidade de viver em meio ao verde das árvores.

João Bardi é produtor de uvas aos pés da Serra do Japi, em Jundiaí (SP) e descendente dos imigrantes italianos que chegaram à região. Segundo ele, os italianos consolidaram o cultivo de uvas na região, com destaque para a variedade Niágara rosada, originária de Jundiaí.

Por outro lado, a Serra do Japi sempre “rodeou” a cidade de Jundiaí, enfrentando desafios como queimadas e desmatamento, mas contando com o esforço de moradores como Joaquim Paula Moraes, do grupo Japi Viva, que voluntariamente realizam o reflorestamento da mata nativa desde 2020.

A imensidão verde da Serra do Japi envolve Jundiaí, protegida por uma lei municipal que garante a não exploração imobiliária do entorno. Além de ser Patrimônio Natural da Humanidade, a serra é vista como patrimônio da cidade, com uma relação especial que a mantém viva e protegida, sendo considerada o pulmão da cidade.