Reservatórios de Poços de Caldas, MG, alcançam melhores níveis desde 2018 com período chuvoso otimizado. Planejamento hídrico em destaque para garantir abastecimento.

O período chuvoso em Poços de Caldas (MG) enche reservatórios após seca em 2024. Reservatórios apresentam os melhores níveis desde 2018. Previsão é de mais chuvas em 2025.

Período chuvoso enche reservatórios que viveram momentos críticos com a seca em
Poços de Caldas, MG. Reservatórios apresentam os melhores níveis de janeiro desde 2018.

O ano começou com bastante chuva, o que é bom para os reservatórios do Sul de Minas. Em Poços de Caldas (MG), o período foi crítico no último trimestre de 2024 e a expectativa é de mais chuvas ao longo de 2025 para que o abastecimento de água não seja comprometido.

A Represa Saturnino de Brito, utilizada para abastecer principalmente a Zona Leste de Poços de Caldas, opera hoje com 1,60 m acima do nível mínimo. Realidade bem diferente da que foi registrada no ano passado, quando o departamento de água precisou até mesmo bombear água para conseguir manter o abastecimento.

A Represa Bortolan, que não é usada para o abastecimento, mas para a geração de energia elétrica, também já sente os reflexos desse período chuvoso e hoje opera com mais de 100% da capacidade. Já a represa do Cipó, que é o maior reservatório aqui de Poços de Caldas, atualmente opera com quase 95% da capacidade. Esse é o melhor volume para o início de janeiro desde 2018, quando o departamento de eletricidade passou a divulgar esses dados.

O diretor da DME Energética destaca que o volume de chuva de 2024 foi acima da média dos anos anteriores, porém, se concentrou apenas nos meses do início e do fim do ano.

Paulo é supervisor do Departamento de Água. Ele destaca que, embora os reservatórios estejam cheios agora, é preciso que a cidade tenha chuvas, mesmo após esse período, para manter as represas também cheias.

O geógrafo Rildo Borges Duarte, professor do Instituto Federal do Sul de Minas, destaca que a estiagem entre abril e outubro do ano passado foi considerada um evento extremo. Rildo afirma ainda que agora em 2025 a região deve sofrer menos impactos do El Niño e La Ninã e a tendência é que eventos extremos não se repitam, mas alerta que todas as cidades não podem depender apenas das chuvas e precisam se planejar para garantir a médio e a longo prazo que o abastecimento seja garantido.