Operação contra roubos a carros-fortes em SP: prisões, carros de luxo e R$ 850 mil apreendidos

Megaoperação em SP contra roubos a carros-fortes: prisões, suspeito morto, carros de luxo e R$ 850 mil apreendidos. Confira o balanço e detalhes da operação.

Prisões, suspeito morto, carros de luxo e R$ 850 mil apreendidos: o balanço da megaoperação contra roubos a carros-fortes em SP

Alvos desta segunda-feira (16) possuem relação direta ou indireta com quadrilha que assaltou empresa de valores em 9 de setembro. Polícias Federal, Civil e Militar, além do Gaeco, buscam cumprir 15 mandados de prisão e 48 mandados de busca e apreensão em 17 cidades.

Mais de R$ 850 mil em espécie foram apreendidos em megaoperação contra roubos a carros-fortes em SP — Foto: Polícia Civil

A força-tarefa que deflagrou uma megaoperação para prender uma quadrilha especializada em roubos a carros-fortes no estado de São Paulo divulgou um balanço inicial das ações realizadas na manhã desta segunda-feira (16).

Agentes das polícias Federal, Civil e Militar, e Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público (MP), participam do cumprimento de 15 mandados de prisão temporária e 48 mandados de busca e apreensão em 17 cidades do estado.

Segundo a força-tarefa, os alvos desta segunda são aqueles que possuem relação direta ou indireta com a organização criminosa que assaltou uma empresa de valores em 9 de setembro deste ano na região de Franca (SP) – veja abaixo detalhes.

Entre as ações realizadas estão as apreensões de veículos de luxo e R$ 850 mil em espécie, além de um suspeito que morreu em confronto com a polícia. Também foram decretados bloqueios e sequestros de outros bens, como ativos financeiros, imóveis e objetos de valor.

Veja abaixo o balanço:

11 prisões temporárias
1 suspeito morto em confronto com a polícia
48 mandados de busca domiciliar em 17 municípios do estado
8 veículos de alto valor apreendidos (Audi, Q3, Jeep Compass, Toyota Hilux, Fiat Toro)
4 armas de fogo
3 prisões em flagrante
Mais de R$ 850 mil em espécie apreendidos, sendo R$ 350 mil com um alvo de Ribeirão Preto (SP) e R$ 500 mil, com um alvo de Mogi Guaçu (SP).
1 apartamento bloqueado judicialmente

A Polícia Civil ressaltou que os valores em espécie ainda não foram contabilizados integralmente, assim como veículos, armamento, munições e celulares. Ou seja, os números podem aumentar.

Força-tarefa deflagrou operação para prender quadrilha de roubos a carros-fortes em SP — Foto: Polícia Civil

OPERAÇÃO CARCARÁ II

As ações desta segunda ocorrem no âmbito da segunda fase da operação “Carcará”, motivada pelo ataque a um carro-forte na Rodovia Cândido Portinari (SP-334), na região de Franca (SP) , em setembro deste ano, e por uma troca de tiros, dois dias depois, que deixou o policial militar Márcio Ribeiro e três criminosos mortos na Rodovia Joaquim Ferreira (SP-338), próximo a Altinópolis (SP).

Os mandados são cumpridos em:

Ribeirão Preto
Franca
Serra Azul
São Paulo
Santo André
São Caetano do Sul
Taboão da Serra
Guarulhos
São José dos Campos
Jacareí
Mogi Mirim
Mogi Guaçu
Atibaia
Mongaguá
Cosmópolis
Santa Bárbara d’Oeste
Americana

Carro-forte foi alvo de criminosos na noite desta segunda-feira (9), na região de Franca, SP — Foto: Reprodução/EPTV

QUEM JÁ ESTAVA PRESO?

Até então, só dois suspeitos estavam presos. Um deles é Roberto Marques Trovão Lafaeff, que foi preso em 10 de setembro, um dia após a tentativa de assalto ao veículo da empresa de valores Protege e ele buscar atendimento médico em uma unidade de pronto atendimento (UPA) de Valinhos (SP) .

Além dele, um outro suspeito foi preso em 24 de outubro, durante a primeira fase da operação “Carcará”, deflagrada em Paraisópolis, na capital, e na Praia Grande (SP). Dias antes, ainda dentro da mesma ação, um suspeito trocou tiros com a polícia e foi morto .

O nome da operação, “Carcará”, é uma homenagem ao sargento da PM Márcio Ribeiro. Era dessa forma que colegas o chamavam.

Roberto Marques Trovão Lafaeff, de 36 anos, está preso por suspeita de envolvimento no ataque ao carro-forte na região de Franca, SP — Foto: Arquivo pessoal

ATAQUE A CARRO-FORTE E PERSEGUIÇÃO

A tentativa de assalto a um carro-forte da Protege, especializada em logística de valores, ocorreu na noite de 9 de setembro, e chamou a atenção da polícia por conta do armamento utilizado pelos criminosos.

A ação teve a participação de pelo menos 16 criminosos, que abordaram o carro-forte em posse de uma carga intensa de explosivos e fuzis capazes de “rasgar vidros blindados”, de acordo com o delegado Gabriel Fernando.

A empresa não divulgou a quantia que o veículo transportava, mas informou que os suspeitos não conseguiram levar nada, uma vez que o dinheiro pegou fogo quando eles tentaram abrir o cofre.

Os suspeitos foram perseguidos em pelo menos três rodovias que cortam a região. Houve troca de tiros e cinco pessoas ficaram feridas: três funcionários da Protege, um policial do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) e um funcionário de uma usina a bordo de uma caminhonete que passava por uma estrada no mesmo momento que os criminosos.

Em 11 de setembro, uma troca de tiros durante uma perseguição deixou o policial militar Márcio Ribeiro e três criminosos mortos na Rodovia Joaquim Ferreira (SP-338), próximo ao trevo que liga Cajuru (SP) a Altinópolis (SP). A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que havia indícios que ligavam os suspeitos ao ataque ao carro-forte.

Com os criminosos, foram apreendidos quatro fuzis, coletes balísticos e munição. Um dos fugitivos mortos usava roupa camuflada, colete à prova de balas e capacete.

No fim de setembro, morreu o caminhoneiro Lenilson da Silva Pereira, baleado na cabeça durante o confronto. Ele ficou internado na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE) por 20 dias.

Polícia Militar fecha rodovia entre Cajuru e Altinópolis, SP, após confronto com criminosos — Foto: Cacá Trovó/EPTV

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