Magno Hudson da Silva, de 27 anos, foi baleado na cabeça, na madrugada deste domingo (22), na Fazenda Botafogo. O motoboy que morreu depois de ser baleado numa tentativa de assalto na Avenida Brasil, na altura da Fazenda Botafogo, na Zona Norte do Rio, foi enterrado na tarde desta segunda-feira (23) no Cemitério do Caju.
Magno Hudson da Silva estava trabalhando como mototaxista por aplicativo quando foi surpreendido por assaltantes. O enterro foi marcado pela indignação de parentes e amigos. A viúva, Tassia da Silva, expressou sua revolta: “Eu quero justiça pelo meu marido. Ele era trabalhador, deixou uma criança de dois anos em casa. Eu não consigo aceitar isso, ele saiu pra trabalhar. Agora como é que vai ser nosso Natal? Como é que vai ser?”
Seu irmão, Wyndison Antunes da Silva, também falou sobre a integridade de Magno: “A gente não conseguiu estudar, mas a gente sempre foi trabalhador, a gente sempre foi honesto. E o Magno sempre foi honesto. Inclusive o primeiro videogame que a gente teve foi o Magno que comprou, então o Magno sempre lutou pela gente, o Magno sempre batalhou pela gente.”
O pai da vítima, Nelcir da Silva, lamentou a perda do filho: “Isso nao pode ficar assim, eu não vou esquecer nunca do meu filho. É um final de ano que acabou pra mim, acabou pra mim.” Magno tinha um filho de 2 anos e ainda estava pagando as prestações do veículo com o qual trabalhava.
Parentes de Magno, que estiveram no IML para a liberação do corpo nesta segunda-feira, contaram como ficaram sabendo do acontecido e como um desconhecido ajudou a socorrer o mototaxista até o Hospital Getúlio Vargas. Mesmo com os esforços, Magno não resistiu ao ferimento.
Segundo o pai da vítima, testemunhas viram o crime ocorrer. “Ele levou um susto e ainda seguiu por uns 50, 70 metros. Aí deram um tiro na cabeça dele, pegou no capacete, atravessou o capacete dele”, relatou Nelcir da Silva. Os bandidos não levaram nada, deixando a família de Magno e seus amigos consternados com a violência da ação.
A comunidade se despediu do motoboy com sentimentos de tristeza e indignação. A perda de um trabalhador honesto e dedicado é sentida por todos que o conheciam. A violência urbana ceifou a vida de Magno Hudson da Silva, deixando um vazio irreparável em sua família e na sociedade como um todo. Que sua memória seja honrada e que a busca por justiça siga firme em meio à dor e ao luto.