Monitoramento por inteligência artificial e planos de contingência: o que mudou 25 anos após enchentes históricas no Sul de MG
Fortes chuvas deixaram várias cidades debaixo d´água no Sul de Minas no ano 2000; doze pessoas morreram. Há 25 anos, o Sul de Minas registrava uma das maiores enchentes de sua história.
Com avanços em estudos e tecnologias, especialistas não descartam a possibilidade de novos desastres, apesar do passar dos anos. As fortes chuvas destruíram cidades em 2000, resultando na morte de doze pessoas e no desalojamento de oitenta mil moradores que precisaram abandonar suas casas.
O governo de Minas Gerais decretou estado de calamidade pública em 22 municípios, sendo Itajubá um dos mais afetados, com 80% da cidade submersa. Na época, o governo municipal criou um plano de contingência abrangente. Hoje, o secretário de Defesa Social afirma que a prefeitura está mais preparada para enfrentar uma crise.
O foco agora está em atribuir papéis e planejar as ações de cada instituição em situações de desastre, como enchentes. Itajubá investiu em tecnologias para monitorar chuvas e agir preventivamente, utilizando inteligência artificial para previsões hidrológicas. Estudantes da Universidade Federal de Itajubá criaram uma empresa de monitoramento hidrológico com essa finalidade.
Os equipamentos estão instalados nos leitos dos principais cursos d’água da cidade, detectando riscos iminentes durante chuvas intensas. Embora nos últimos 25 anos não tenha ocorrido nenhuma catástrofe semelhante, especialistas alertam que a natureza pode surpreender, não descartando a possibilidade de um novo desastre.
Com o crescimento desordenado das cidades e construções em áreas sujeitas a alagamentos, a população precisa estar preparada para evacuações rápidas em caso de emergência. Estratégias de monitoramento e planos de contingência são essenciais para minimizar os impactos de tragédias como as observadas em 2000 no Sul de Minas.
