A Policia Civil de Minas Gerais descarta que condições climáticas ruins possam ter causado a queda do avião, que matou a cantora Marília Mendonça e outras quadro pessoas. O acidente que matou a cantora, considerada a rainha do sertanejo, aconteceu em 5 de novembro de 2021, e completa um ano amanhã.
A Policia Civil afirmou que fundamentou as investigações em três pilares: fator meio, fator humano e fator máquina. No fator meio, que analisava as condições do clima do dia do acidente, a Polícia Civil já descartou a possibilidade que algum fenômeno natureza tenha contribuído para queda da aeronave.
Com isso, a Polícia concluiu que entre as hipóteses que podem ter causado a queda aeronave há duas possibilidades: problemas no avião ou erros por parte piloto. Essas conclusões foram apresentadas na Acadepol, na Academia de Polícia Civil, em Belo Horizonte. O delegado Ivan Lopes Sales, que chefia o inquérito, afirma que as torres que – onde aeronave bateu – não precisavam de sinalização e por isso não estavam irregularidades.
No fator humano, a Polícia Civil realizou exames que descartaram a possibilidade de que piloto e copiloto tenham tido algum mal súbito, como infarto e AVC. Ainda neste fator, um piloto que estava em solo – assistindo a manobra de aproximação do avião da cantoria Marília Mendonça – disse a Polícia Civil que o piloto da aeronave da artista estava se aproximando da forma correta. Mas, em um dado momento, por algum motivo ainda desconhecido, a aeronave começou a distanciar do aeroporto.
Depois disso, a testemunha contou que o avião começou a fazer uma aproximação fora do padrão adotado pelos pilotos da região. Ou seja, ele saiu fora da área de proteção no entorno do aeródromo – cerca de três quilômetros, onde não há obstáculos no seu interior. Esse padrão não é obrigatório, mas quando um piloto sai desse procedimento, ele está assumindo inteiramente a responsabilidade pelas próximas manobras que ele irá realizar.
Para concluir o inquérito, a Polícia afirmou que precisa ter acesso ao relatório sobre as condições dos motores das aeronaves. Esse laudo está sendo produzido pelo Cenipa, o Centro de Investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos. Mas ainda não há um prazo de quanto isso será feito e quando os documentos sertão enviados a Polícia Civil.