Pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos de 2023, que resultaram em vandalismo no STF em janeiro, estão sendo investigadas e respondendo por cinco crimes no Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou 1.682 indivíduos pela invasão e depredação em Brasília, sendo que sete deles eram da região de Campinas na época dos eventos.
O ministro Alexandre de Moraes é responsável por conduzir os processos no STF, e dos sete investigados pela “De”, cinco já foram condenados, enquanto dois aguardam decisão judicial. Uma das acusadas fugiu do país e é considerada foragida. Os crimes pelos quais respondem incluem associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano ao patrimônio público e deterioração de patrimônio tombado.
Lucivânia Pinheiro Barbosa, candidata a deputada estadual pelo PP, foi acusada de participar da invasão ao Palácio do Planalto e está em processo no STF, sem previsão de sentença. Ela se mudou para Balneário Camboriú e responde em liberdade com tornozeleira eletrônica. A defesa alega que a denúncia foi exagerada e que a cliente não cometeu os crimes pelos quais foi acusada.
Outra acusada, Edinéia Paes da Silva dos Santos, residente de Americana (SP), foi condenada a 16 anos e 6 meses de prisão pelos cinco crimes e está cumprindo a pena em uma unidade prisional da região. O caso de Yacy Sávio de Oliveira, ex-diretora de escola de Campinas, está em andamento, com a acusação recebida pelo STF em agosto de 2024. Ela responde aos crimes em liberdade.
Maria Aparecida Medule, inspetora de alunos, foi condenada a 14 anos de prisão, mas fugiu do país e está foragida. Reginaldo Carlos Begiato Garcia, técnico de logística de Jaguariúna (SP), foi condenado a 16 anos e seis meses de prisão e cumpre pena em uma unidade prisional na região de Piracicaba. Davi Emanuel Pereira Domiciano, operador de máquinas de Sumaré (SP), também foi condenado a 14 anos de prisão e está em uma unidade prisional de Limeira.
Samuel de Faria, morador de Socorro (SP), foi condenado a 17 anos de prisão pelos cinco crimes e está preso preventivamente. Todos os acusados enfrentam processos no STF em decorrência dos atos antidemocráticos de 2023. A investigação continua e novos desdobramentos devem ocorrer no decorrer dos próximos meses. A região de Campinas teve sua parcela de envolvimento nos eventos que marcaram o país naquele período conturbado.