Homem que mantinha 502 animais silvestres em casa é denunciado pelo Ministério Público Federal em Campinas
Denunciado anunciava animais em rede social e vendia no mercado nacional e internacional. Crimes foram descobertos em 2023 quando suspeito tentou exportar 73 aranhas para Alemanha.
O Ministério Público Federal (MPF) de Campinas (SP) denunciou nesta quinta-feira (19) por crimes contra a fauna um homem que mantinha 502 animais silvestres em casa e havia enviado outras 73 aranhas por Correio com destino a Alemanha em 2023.
O suspeito vendia os animais para o Brasil e exterior, alguns considerados em perigo de extinção, e os anunciava em um grupo do Whatsapp sem autorização da autoridade ambiental.
Segundo a Polícia Federal, a investigação começou quando a encomenda com as aranhas foi encontrada e retida em um centro de distribuição dos Correios. O criminoso tinha colocado um nome falso na mercadoria, e só teve a identidade identificada após as investigações realizadas pelo MPF encontrarem o IP do computador utilizado para acessar o código de rastreio dos Correios.
O Ministério Público também incluiu na denúncia o crime de falsidade ideológica por utilizar documento falso para enviar as aranhas pelos Correios.
Durante um mandado de busca e apreensão realizado em setembro deste ano na casa do suspeito, foram encontradas 364 espécies da fauna brasileira e mais 138 animais originais de outros países, que somadas com as aranhas retidas nos Correios, totalizam 575.
Animais da fauna brasileira encontrados na apreensão: Diversas serpentes, incluindo caninana, falsa coral e diferentes tipos de jiboia, Escorpiões, Lacraias, Um papagaio-verdadeiro, Mais de 300 aranhas caranguejeiras.
Animais exóticos: Escorpião-imperador, Lagartixa leopardo, Caixas com cerca de 100 baratas dos tipos Red Runner e de Madagascar.
A Polícia Federal de Campinas (SP) apreendeu, nesta sexta-feira (6), 400 animais silvestres durante uma operação que investiga o envio ilegal das espécies para o exterior. O mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa do suspeito da criação, venda e exportação, no Residencial Novo Mundo.
De acordo com a PF, a investigação começou em outubro do ano passado, após uma encomenda que iria para a Alemanha ser retida em um centro de distribuição dos Correios. A análise revelou a presença de 73 aranhas.
Os animais são do grupo Araneae, da família Theraphosidae, sendo 43 do gênero Avicularia. A corporação ainda informou que a exportação não tinha licença ambiental e as aranhas estavam em “condições degradantes”, acondicionadas em uma caixa de papelão e distribuídas em pequenos frascos plásticos sem alimentos.
Os animais foram encaminhados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que acompanhou a operação nesta sexta, ao Instituto Butantan, em São Paulo. A operação recebeu o nome de Arachne.
O investigado, que tem 46 anos, vai responder pelo crime de venda e exportação de animal da fauna silvestre sem a devida licença. Ele foi detido para prestar depoimento.