Nesara Gesara: o que sabe sobre o esquema que prometia um ‘octilhão’ de reais para fiéis de igrejas
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou nova fase da operação que investiga grupo suspeito de praticar golpes financeiros contra mais de 50 mil vítimas do Brasil e exterior. O grupo agia durante cultos e também nas redes sociais.
O delegado da PCDF falou sobre o grupo suspeito de golpe que prometia um ‘octilhão’ a fiéis.
Na quinta-feira (30), a Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou uma nova fase da operação que investiga um grupo suspeito de praticar golpes financeiros contra mais de 50 mil vítimas do Brasil e no exterior. Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão contra os principais membros da organização — cinco deles se apresentavam como líderes religiosos. A primeira fase da operação ocorreu em 2023. Desta vez, os mandados ocorreram no Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo agia nas igrejas, durante os cultos, e também nas redes sociais. Os suspeitos usavam uma teoria conspiratória conhecida como “Nesara Gesara” e prometiam lucro de até um “octilhão” de reais aos fiéis.
A teoria da conspiração “Nesara Gesara” surgiu nos anos 1990 nos Estados Unidos. O grupo criminoso, composto por 200 integrantes, incluindo dezenas de pastores, convencia os fiéis a investir em falsas operações financeiras ou projetos de ações humanitárias inexistentes. As redes sociais eram usadas para cometer os golpes, anunciando ganhos mirabolantes. A Polícia Civil do DF revelou que o grupo movimentou R$ 156 milhões em 5 anos, criando 40 empresas fantasmas e movimentando mais de 800 contas bancárias suspeitas.
O “octilhão”, prometido pelos golpistas, é uma escala numérica existente, porém, irrealista financeiramente. Mesmo reunindo todas as riquezas mundiais, não seria possível atingir os valores prometidos. Mais de 50 mil vítimas foram identificadas no Brasil e no exterior, com prejuízos milionários em alguns casos. Os investigados responderão por estelionato, falsificação de documentos, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Entenda mais sobre o esquema que prometia um ‘octilhão’ de reais aos fiéis de igrejas e a atuação do grupo na prática de golpes financeiros.LEIA TAMBÉM:
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