Entenda como Bap pensa a gestão do Flamengo
Nova diretoria tomará posse daqui a cinco dias e começará a planejar mudanças de rotas
Novo vice-presidente do Flamengo, Flávio Willeman explica ideia de gestão
Novo vice-presidente do Flamengo, Flávio Willeman explica ideia de gestão
– A gente não vai virar SAF, mas queremos profissionalizar o clube.
A declaração de Flávio Willeman, vice-presidente de DE, após a vitória nas urnas na última segunda-feira, resume como o presidente eleito pensa a gestão do Flamengo para o próximo triênio. Profissionalização é a palavra da vez na Gávea. Mas como isso será feito?
A grosso modo, a ideia é que o clube funcione como uma SAF, com especialistas contratados para gerir cada área, porém, se reportando ao presidente. Desta forma, DE esvaziaria o poder que hoje os vice-presidentes têm no Flamengo.
Um exemplo da profissionalização é trazer Rodrigo Tostes, que foi vice-presidente de finanças do clube em outros momentos, inclusive durante parte da gestão de Rodolfo Landim, para um cargo remunerado. Figura importante na reestruturação financeira do Flamengo na administração de Eduardo Bandeira de Mello e ativo na eleição de DE, ele tende a ser o CEO rubro-negro e tem participado assiduamente do processo de transição para a nova diretoria.
A nova diretoria, no entanto, precisa emplacar uma mudança no Estatuto do clube para colocar a ideia em prática. Hoje, a legislação interna do Rubro-Negro obriga a nomeação de 19 vice-presidentes: Administração, Finanças, Esportes Olímpicos, Futebol, Futebol de Base, Remo, Marketing, Comunicação, Relações Externas, Consulados e Embaixadas, Patrimônio, Patrimônio Histórico, Planejamento, Procuradoria Geral (Jurídico), Fla-Gávea, Gabinete da Presidência, Secretaria Geral, Tecnologia da Informação, Responsabilidade Social e Cidadania.
Esse modelo de administração é o que DE chama de gestão amadora. Ele pretende encaminhar ao Conselho Deliberativo, nos primeiros meses de 2025, uma proposta de alteração na regra com o intuito de derrubar esta obrigatoriedade. Enquanto a mudança não ocorre, o plano é que haja acúmulo de funções dentro das principais vice-presidências, como futebol, remo, jurídico, financeiro, comunicação e gabinete. Os nomes indicados formarão um conselho que tratará dos principais assuntos do clube.
DE já tem o nome do homem forte do futebol, o português José Boto. O dirigente fará a reformulação do departamento e já está definindo os nomes que irão compor sua equipe de trabalho. A pasta ainda terá diretores de comunicação e de estratégia.
– Não há mais espaço para amadorismo no clube. Uma SAF nada mais é do que uma estrutura profissional de gestão – completou Willeman após a vitória na eleição.