Denúncia do MPRJ expõe corrupção entre ex-secretário e traficante no Rio: Abelha segue foragido

Ministério Público denuncia ex-secretário e traficante por corrupção e facilitação de fuga. Abelha, do Comando Vermelho, continua foragido. Investigação revela relação promíscua visando apoio político. Ações conjuntas são essenciais no combate à corrupção e garantia da segurança.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o ex-secretário da Seap, Raphael Montenegro, e o traficante conhecido como Abelha, por corrupção. A denúncia envolve a fuga de Abelha do Complexo de Bangu em 2021, mesmo com um mandado de prisão em aberto. Abelha, um dos líderes do Comando Vermelho, é considerado extremamente perigoso e continua foragido até os dias de hoje.

Após a fuga de Abelha, as investigações levaram à prisão de Raphael Montenegro, suspeito de facilitar a saída irregular do criminoso e de negociar uma “trégua” com traficantes da facção criminosa. Dois outros servidores da secretaria também foram presos nesse contexto. Os investigadores do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ encontraram áudios que indicam que Montenegro teria pedido apoio a Abelha nas eleições de 2022, quando concorreu a deputado estadual.

Segundo a denúncia, Montenegro teria libertado ilegalmente Abelha em troca de apoio eleitoral nas comunidades controladas pelo traficante. A relação entre os dois era descrita como “promíscua e direta”, visando garantir o suporte do Comando Vermelho à candidatura de Montenegro. A investigação do MPRJ apontou para um acordo entre os envolvidos, garantindo benefícios mútuos em troca de favores políticos.

A situação revelada pela denúncia mostra a gravidade da corrupção envolvendo autoridades e criminosos no Rio de Janeiro. A atuação conjunta entre o Ministério Público e as autoridades policiais é essencial para combater esse tipo de prática e garantir a segurança da população. A fuga de um criminoso tão perigoso como Abelha não só coloca em risco a sociedade, mas também enfraquece a confiança nas instituições responsáveis pela aplicação da justiça.