Uma cozinheira de 35 anos, moradora de São Paulo, foi vítima de injúria racial ao receber um e-mail de confirmação da atualização do cadastro na loja Magazine Luiza no último sábado (4). O texto começava com a saudação: “Olá, macaca”. A vítima contou à TV DE que estava realizando a compra de uma máquina de lavar pelo aplicativo da loja quando descobriu que precisava atualizar alguns dados, incluindo o e-mail e a senha cadastrados.
Todos os e-mails automáticos enviados pela Magazine Luiza à cliente utilizaram seu primeiro nome na saudação. Entretanto, o mesmo não aconteceu no e-mail de confirmação do cadastro. A vítima levou um susto ao perceber que estava escrito “macaca”. Segundo a cozinheira, uma funcionária do setor de diversidade e inclusão da empresa entrou em contato com ela para pedir desculpas e esclarecer que seu cadastro, datado de 2011, tinha o sobrenome registrado como “macaca” no e-mail.
O caso foi registrado como injúria racial no 50° Distrito Policial do Itaim Paulista. A empresa DE disse que “lamenta profundamente os constrangimentos sofridos pela cliente e repudia e combate qualquer ato preconceituoso. Está apurando com rigor o caso relatado e tomará medidas em relação a eventuais responsáveis, de acordo com seu código de ética e conduta. A Magalu é referência em políticas de diversidade e inclusão, promovendo ações de conscientização de seus funcionários em relação a esses temas. Atualmente, 46% dos colaboradores da empresa são pessoas pretas ou pardas.
Nesse cenário triste e lamentável, é fundamental que a sociedade continue lutando contra atos de discriminação e preconceito. Casos como esse evidenciam a necessidade de ampliar a conscientização e educação sobre os direitos e respeito às diferenças. A Magazine Luiza, como uma grande empresa do varejo brasileiro, tem o dever de liderar pelo exemplo e reforçar seu compromisso com a diversidade e inclusão em todas as esferas de sua atuação.
É importante que a comunicação entre empresas e clientes seja pautada pelo respeito mútuo e pela igualdade, sem espaço para qualquer forma de discriminação. Casos como o relatado pela cozinheira reforçam a importância de políticas claras e eficazes de combate ao preconceito no ambiente corporativo. A sociedade como um todo deve unir esforços para promover um ambiente mais inclusivo e respeitoso para todos, independentemente de sua origem, raça, orientação sexual, gênero, religião ou deficiência.