Clube italiano Genoa em meio a polêmica de venda clandestina por bilionário romeno: entenda os desdobramentos no futebol europeu

Genoa é adquirido por bilionário romeno, mas venda é negada pela A-CAP. Polêmica envolvendo clubes da 777 Partners e dificuldades para concretizar negociações.

O Clube italiano Genoa anunciou recentemente que foi adquirido pelo bilionário romeno Dan Şucu por 45 milhões de euros, o equivalente a R$ 286 milhões na cotação atual. No entanto, a operação de venda não foi confirmada pela A-CAP, seguradora da 777 Partners e atual proprietária do clube italiano. A empresa americana negou a negociação, classificando-a como “clandestina”.

Em comunicado divulgado nesta semana, o Genoa mencionou que o empresário romeno adquiriu cerca de 77% das ações do clube, deixando os antigos acionistas com uma participação minoritária. No entanto, a A-CAP contradisse a informação, afirmando que a suposta venda foi realizada sem conhecimento, aprovação ou assinaturas dos acionistas do clube. Por isso, a operação foi considerada não aprovada e clandestina pela seguradora.

Os ativos no futebol da 777 Partners estão sob o controle da A-CAP desde outubro. A empresa solicitou um estudo de viabilidade para a venda de todas as equipes de futebol do grupo, incluindo o Vasco da Gama. Há também problemas envolvendo o fundo inglês Leadenhall, que entrou na Justiça dos EUA com uma liminar contra a dissipação de ativos da 777, o que pode impedir a A-CAP de negociar os clubes da empresa.

A A-CAP enfrenta dificuldades para vender os clubes, incluindo o Vasco. A situação se tornou mais complexa com o processo movido pelo fundo inglês Leadenhall. Enquanto isso, o Red Star FC, da França, é o único clube da 777 com negociações avançadas, podendo ser vendido para Steve Pagliuca, que também é dono da Atalanta e sócio do Boston Celtics na NBA.

Mesmo diante das adversidades, a A-CAP busca se desfazer rapidamente das equipes de futebol. Em maio deste ano, a empresa obteve um empréstimo de US$ 40 milhões para manter as equipes em operação. No entanto, a pressa para se desfazer dos clubes é notória, com a seguradora aceitando receber imediatamente 66 milhões de libras pelos empréstimos feitos ao Everton. Para alcançar esse objetivo, a A-CAP concordou em converter o valor restante em ações preferenciais na venda do clube inglês aos americanos do grupo Friedkin.

Dessa forma, a situação envolvendo a venda do Genoa, a seguradora A-CAP e a 777 Partners continua complexa e com desdobramentos que impactam os clubes de futebol envolvidos. A incerteza e os entraves legais tornam o cenário desafiador para todas as partes interessadas. Acompanhar os desdobramentos dessa operação se torna fundamental para entender os rumos do futebol europeu nos próximos anos.