Cirurgias interrompidas no Hospital Maria Amélia Lins em BH: pacientes encaminhados para João XXIII

Cirurgias interrompidas no Hospital Maria Amélia Lins em BH; pacientes serão encaminhados para o João XXIII. Bloco cirúrgico fechado por danos em equipamento, sem previsão de reparo.

Cirurgias são interrompidas no Hospital Maria Amélia Lins, em BH; pacientes serão encaminhados para o João XXIII

Hospital de referência em cirurgias ortopédicas em Minas Gerais, Hospital Maria Amélia Lins fechou o bloco cirúrgico após dano em um equipamento, que não tem previsão de reparo.

Leitos vazios no Hospital Maria Amélia Lins, em Belo Horizonte — Foto: Redes sociais

O bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), localizado no bairro Santa Efigênia, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, está fechado desde a última segunda-feira e não há previsão de que volte a funcionar.

Pacientes e funcionários estão sendo transferidos para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, que terá um aumento de pelo menos 200 cirurgias por mês.

Nesta quarta-feira, funcionários e pacientes fizeram um ato na porta do HMAL, para denunciar a interrupção de tratamentos e o cancelamento de cirurgias agendadas.

Vestido com pijama hospitalar, o operador de guincho Robson Fortunato, 37 anos, queixava-se na porta do HMAL de estar “preso”, aguardando pela cirurgia, já com 24 horas de atraso.

Funcionários ouvidos pelo DE contam que a falta de manutenção adequada nos equipamentos está prejudicando cada vez mais a qualidade do serviço prestado. A diretoria do hospital confirma que a instituição enfrenta “sérios problemas estruturais”.

De acordo com Samuel Cruz, diretor técnico assistencial, “a gota d´água para a interrupção dos atendimentos foi a danificação de uma peça do arco cirúrgico, equipamento essencial para precisão nos procedimentos cirúrgicos, em dezembro de 2024”.

Segundo ele, a transferência da operação foi motivada pela necessidade de resolver o problema do bloco cirúrgico do HMAL, que não tinha condição de continuar funcionando, e o espaço ocioso no bloco cirúrgico do Hospital João XXIII, que enfrenta falta de cobertura plena de equipe.

O Sindicato dos Servidores da Saúde (Sind-Saúde) criticou a solução encontrada pela diretoria. A entidade teme pela interrupção de atendimentos.

Fundado em 1947, o HMAL foi o primeiro pronto-socorro da capital mineira e é referência na realização de cirurgias ortopédicas eletivas no estado de Minas Gerais. Desde 2019, trabalha na retaguarda do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, recebendo o excedente dos atendimentos.

Ao concentrar todos os atendimentos no João XXIII, os pacientes de cirurgias eletivas concorrem com os atendimentos de urgência do Pronto-Socorro. Com isso, é dada preferência aos pacientes da emergência, e os cancelamentos para os pacientes do HMAL estão sendo corriqueiros.

Em nota, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) disse que “que não procede a informação de fechamento do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL)”.

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