Casa de Caridade Leopoldinense anuncia nova empresa de anestesia após prisão de médicos em Minas Gerais

Casa de Caridade Leopoldinense anuncia nova empresa de anestesia em Minas Gerais após operação que levou à prisão de médicos por fraudes. Retomada de cirurgias urgentes e emergenciais.

Após a prisão de médicos por manipulação de escalas, Casa de Caridade Leopoldinense anuncia nova empresa de anestesia em Minas Gerais

Segundo a unidade, as cirurgias de urgência e emergência serão retomadas. A operação ‘Onipresença’ foi realizada na última quinta-feira (12) em Leopoldina, depois que investigações revelaram práticas de fraudes, ocultação de erros médicos e até subtração de materiais.

O Hospital Casa de Caridade Leopoldinense anunciou que, a partir desta segunda-feira (16), conta com uma nova empresa responsável pela prestação dos serviços anestésicos da unidade de saúde. O nome dela, contudo, não foi revelado.

A medida ocorre após a prisão de quatro médicos anestesistas que trabalhavam no local durante a operação ‘Onipresença’, na última semana. Os profissionais de saúde, que não tiveram a identidade informada, são acusados de cumprirem plantões em outras cidades, como Além Paraíba e Muriaé, no mesmo horário em que deveriam atender pacientes do SUS no hospital em Leopoldina.

Ainda segundo o comunicado, as cirurgias de urgência e emergência serão retomadas imediatamente. Já as eletivas, gradualmente, conforme a normalização dos serviços do Centro Cirúrgico.

A operação ocorreu na última quinta-feira (12) e cumpriu 30 mandados em Leopoldina e Além Paraíba, sendo 4 de prisão temporária, 6 de afastamento de funções e 20 de busca e apreensão, incluindo em dois hospitais da região e uma clínica de anestesiologia. De acordo com o Ministério Público, na casa de três médicos foram encontrados quase R$ 500 mil em dinheiro. Além disso, no imóvel de um deles, foram apreendidas cinco armas de fogo sem registro.

Eles poderão responder pelos crimes de peculato, falsidade ideológica, associação criminosa, entre outros. Os quatro foram encaminhados para o presídio de Leopoldina.

A provedora da Casa de Caridade, Vera Maria do Valle Pires, e a diretora técnica, Dr.ᵃ Donata, foram afastadas dos cargos. Em nota, a equipe jurídica do hospital informou que o departamento jurídico está tomando todas as providências necessárias, “incluindo o pedido de vistas aos autos do processo e dos inquéritos investigativos, visando compreender plenamente os fatos e colaborar com a Justiça”.

As investigações também revelaram práticas de fraudes, ocultação de erros médicos e até subtração de materiais necessários à realização de cirurgias.