Carolina Arruda: a luta contra a neuralgia do trigêmeo e a busca por qualidade de vida

Carolina Arruda, jovem com neuralgia do trigêmeo, compartilha jornada de dor e esperança. Conheça sua luta por tratamento e qualidade de vida.

A estudante que mobilizou o país ao compartilhar sua luta contra a dor intensa nas redes sociais, Carolina Arruda, vive com a neuralgia do trigêmeo, uma condição conhecida como “a pior dor do mundo”. Inicialmente, ela buscava por opções de suicídio assistido, mas acabou encontrando tratamentos alternativos. Após passar por quatro cirurgias e consultas com mais de 50 médicos, Carolina ainda luta para controlar os episódios de dor e recuperar a qualidade de vida.

A reportagem do DE tem acompanhado a jornada de desafios e esperança de Carolina ao longo do ano de 2024, gerando debates importantes sobre saúde e direitos humanos. A jovem, casada e mãe de uma menina, relembrou como as dores começaram aos 16 anos, após se recuperar de dengue, e se intensificaram após o nascimento da filha. As dores constantes afetaram tanto sua rotina que ela precisou abrir mão da criação da bebê.

Após receber o diagnóstico de neuralgia do trigêmeo aos 20 anos, Carolina buscou diferentes tratamentos, mas sem sucesso. O médico Marcelo Senna, especialista na doença, destacou o quão rara é essa condição na idade da jovem. Após diversas tentativas, ela recebeu uma oferta de tratamento gratuito em um hospital especializado em dores crônicas, o que trouxe um alívio temporário para suas dores insuportáveis.

O tratamento incluiu o implante de neuroestimuladores para aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida de Carolina. Após passar por uma semana internada e realizar diversos exames, a jovem relatou uma redução temporária das dores. No entanto, ela permanece cautelosa, pois ainda enfrenta crises intensas. A implantação da bomba de analgésicos foi uma tentativa terapêutica que busca proporcionar um alívio duradouro das dores.

Apesar das dificuldades e das constantes crises de dor, Carolina Arruda continua lutando para ter uma vida o mais normal possível, compartilhando sua jornada nas redes sociais. Sua história tem gerado conscientização sobre a neuralgia do trigêmeo e a importância do tratamento adequado. A jovem, que um dia considerou o suicídio assistido como alternativa, hoje busca controlar seus sintomas e encontrar uma maneira de recuperar a qualidade de vida.