A Universidade de São Paulo (USP) decidiu afastar temporariamente o professor de direito Alysson Mascaro por pelo menos 60 dias devido a acusações de abuso e assédio sexual. As denúncias foram reveladas em uma reportagem do site Intercept Brasil no início de dezembro, envolvendo relatos de alunos e ex-alunos que afirmam que os crimes ocorreram entre 2006 e o início de 2024. Diante dos fortes indícios de materialidade dos fatos, a faculdade optou pelo afastamento do docente.
A decisão da USP foi baseada na abertura de uma sindicância interna para investigar as acusações feitas contra Alysson Mascaro. Segundo a portaria da faculdade, há possíveis enquadramentos típicos de assédio sexual nas condutas atribuídas ao professor. Este é um caso que envolve questões sérias e que demandam uma apuração criteriosa para garantir a moralidade pública e a continuidade das investigações.
Alysson Mascaro é reconhecido na área acadêmica por suas publicações de livros na área jurídica e atua como livre-docente em Filosofia e Teoria Geral do Direito na USP. Os relatos feitos pelas vítimas, que são todos homens entre 24 e 38 anos, vão desde beijos forçados até estupro, revelando um padrão de comportamento abusivo por parte do professor.
As denúncias apontam para a influência e poder que Alysson Mascaro exercia sobre seus alunos, prometendo indicações profissionais em troca de favores sexuais. O afastamento cautelar se mostrou necessário para preservar a integridade das investigações, uma vez que a relação de poder e autoridade do docente pode interferir na coleta de provas.
Durante o período de afastamento, Alysson Mascaro está proibido de participar de aulas, reuniões, bancas e de frequentar os espaços físicos e virtuais onde atua como docente na universidade. O posicionamento da defesa do investigado sobre a decisão da instituição ainda não foi divulgado. A medida adotada pela USP visa proteger a moralidade pública e garantir um ambiente seguro e livre de abusos para a comunidade acadêmica.