Apartamentos em Alfenas (MG) interditados por rachaduras aguardam posicionamento da Caixa Econômica Federal. Laudos apontam causas distintas.

Famílias aguardam retorno a apartamentos com rachaduras em Alfenas, MG após laudos divergentes apontarem causas; Caixa Econômica Federal será responsável.

Há 2 meses que famílias que deixaram apartamentos com rachaduras aguardam em Alfenas, MG. Laudos feitos por prefeitura e empresa responsável apontaram causas diferentes; famílias aguardam posicionamento da Caixa Econômica Federal. Prefeitura analisa laudo de prédios com rachaduras em conjunto habitacional em Alfenas, MG.

Já completou dois meses que dois blocos de um edifício e um condomínio no bairro Jardim em São Carlos, em Alfenas (MG), estão interditados. Os laudos sobre as condições das trincas e rachaduras já foram entregues à prefeitura. Pelo menos 36 apartamentos precisaram ser fechados. Os apartamentos estão interditados desde o dia 13 de novembro. São 18 apartamentos no bloco 5, 18 apartamentos no bloco 6. Mais de 100 pessoas precisaram deixar o local.

No primeiro momento, de acordo com a prefeitura, as famílias que precisaram abandonar os locais foram encaminhadas para o ginásio poliesportivo da cidade e também para hotéis. Agora algumas famílias seguem em hotéis, outras até no salão da assistência social e também algumas preferiram ir para casa de parentes.

Ainda de acordo com os moradores, as trincas se multiplicaram repetidamente. Um dos laudos apontou que um vazamento por uma tubulação na Copasa foi responsável por desencadear tudo isso. Uma empresa foi contratada para avaliar a resistência do solo e de acordo com a Defesa Civil, no momento não apareceram novas trincas nas paredes dos apartamentos.

“Bom, nós temos dois laudos que já estão prontos. Um laudo que foi contratado pela própria prefeitura, que aponta para um problema de dimensionamento das estruturas e que acabou causando as rachaduras. E o outro laudo da empresa contratada, que foi quem executou a obra, apontando o vazamento da empresa concessionária de água como o causador”, explicou a secretária de Desenvolvimento Estratégico de Alfenas, Lilian Castro.

Ainda segundo a secretária, como os prédios foram construídos por uma empresa contratada pela Caixa Econômica Federal, agora será preciso aguardar que o banco se posicione. “Olha, esses apartamentos são particulares. Eles foram construídos, a Caixa Econômica Federal contratou uma empresa que construiu esses apartamentos e foi passada para os particulares. Agora a gente encaminhou esses laudos para a Caixa Econômica Federal para que a Caixa Econômica Federal se posicione administrativamente”, disse a secretária.

Ainda conforme a secretária, os demais prédios que fazem parte do Conjunto Habitacional não correm risco. “Olha, o prédio depois que a gente fez a estabilização dos andares, ele não desenvolveu mais as rachaduras, né? A gente está estabilizado. Agora a gente realmente vai precisar aguardar o desenvolvimento do processo técnico, né? Que a Caixa Econômica Federal vai ter que responder. A Defesa Civil já fez vistoria de todo o conjunto habitacional, não só dos que estão ao lado, já fez a vistoria de todo o conjunto habitacional e não verificou risco”, completou a secretária.

Ainda não há um prazo definido para que as famílias que tiveram que sair dos apartamentos possam voltar para casa. Veja mais notícias da região no DE Sul de Minas.