Atrasos, panes e pouso de emergência: perrengues aéreos não acontecem só com o Botafogo
Irritados com problemas no avião do New England Patriots, que levou o alvinegro para o Catar, jogadores do Glorioso não estão sozinhos quando o tema é perrengue em viagem. Barboza critica avião dos Patriots e revela clima de despedida no vestário do Botafogo.
Há coisas que só acontecem ao Botafogo. A frase criada pelo cronista botafoguense Paulo Mendes Campos define bem a polêmica do voo que levou a delegação alvinegra para a disputa da Copa Intercontinental no Catar. O clube diz que pagou por uma aeronave com 100% de assentos reclináveis, mas o avião no qual o elenco, dirigentes e comissão técnica viajaram só tinha duas cadeiras que deitavam totalmente, a do piloto e copiloto, e pouco espaço entre os assentos.
Irritado, o zagueiro Barboza chamou o avião de “fraco” e disse que o desconforto afetou o desempenho do alvinegro na derrota para o Pachuca. A situação pode ser incluída na lista de coisas que só acontecem com o Botafogo, mas o atual campeão brasileiro e da Libertadores não é o único com sufocos de viagem na bagagem. Relembre, abaixo, três perrengues aéreos do futebol.
Palmeiras: Pane no AeroPorco
Depois de golear o Deportivo Pereira no jogo de ida pelas quartas-de-final da Libertadores de 2023, na Colômbia, o Palmeiras ficou perto das semifinais da competição, mas longe de casa por mais tempo do que o previsto. Um problema técnico no avião da companhia aérea de Leila Pereira, presidente do clube, obrigou os jogadores a seguir de Pereira, cidade do jogo, até Cali, de ônibus. Uma viagem de mais de 200 quilômetros e quatro horas de duração. O imprevisto atrasou em dois dias a volta do Verdão para São Paulo e deixou o time com apenas um dia de preparação para um jogo contra o Vasco pelo Brasileirão.
Fluminense: Pouso de emergência dos campeões brasileiros de 2012
Em 2012, o Fluminense conquistou o tetracampeonato brasileiro depois de vencer o Palmeiras por 3 a 2 em Presidente Prudente. Na volta para o Rio de Janeiro, o voo fretado que levou a delegação reservou mais emoções aos campeões. Já perto do pouso, as luzes da cabine informaram que o trem de pouso dianteiro não estava baixando. O piloto teve de arremeter (interromper bruscamente o procedimento de descida) três vezes, além de realizar procedimentos de emergência, como curvas fortes que deixaram a cabine com bastante pressão. O avião pousou em segurança mas Abel Braga, técnico do Tricolor na época, ficou tão nervoso com a situação que não seguiu com os jogadores para a festa do título nas Laranjeiras.
Atlético Tucumán: Atraso, uniforme do sub-20 e um jogo que quase foi decidido por WO
A partida em Quito entre o El Nacional, do Equador, e o Atlético Tucumán, da Argentina, na Libertadores de 2017, ficou marcada por um problema com o voo da equipe visitante que envolveu até um embaixador argentino. Para evitar os efeitos da altitude de 2,8 mil metros da capital equatoriana, o Atlético fez sua preparação em Guayaquil. A empresa chilena Mineral Airways, que levaria os argentinos, não foi liberada para fazer a viagem pelas autoridades equatorianas por falta de alguns documentos. Atletas e comissão chegaram a Quito três horas depois do previsto, em outro avião. A partida começou com mais de uma hora de atraso, acima do limite de 45 minutos estabelecido pelo regulamento da competição, e só aconteceu depois da intervenção do embaixador argentino no Equador na época. E da seleção argentina sub-20, que estava na cidade e cedeu uniformes e chuteiras para os conterrâneos. Com a confusão, o Atlético não conseguiu despachar a bagagem com o material.