A Polícia Civil indiciou, nesta quinta-feira (09), o homem responsável por esfaquear e matar a ex-companheira no Centro do Rio. Eduarda Ferreira Soares, de 26 anos, foi vítima de feminicídio na Praça Tiradentes, na madrugada de 15 de dezembro. A jovem tinha uma medida protetiva contra o ex, identificado como Carlos Damião, que foi preso menos de 24 horas após o crime em Munhuaçu (MG).
O inquérito policial apontou que Carlos Damião vai responder por feminicídio e furto qualificado contra Eduarda Ferreira Soares. As investigações apontaram que a vítima estava conversando com amigos em um banco da praça quando o suspeito chegou ao local com uma faca. Eduarda tentou fugir para o prédio onde morava, mas acabou sendo alcançada e golpeada pelo agressor.
Segundo informações da Polícia Civil, após cometer o crime, o ex-marido de Eduarda fugiu levando o carro da vítima. Os agentes da Delegacia de Homicídios da Capital entraram em contato com a Polícia Rodoviária Federal, que conseguiu localizar o veículo no distrito de Realeza, em Manhuaçu. As autoridades também revelaram que o acusado já possuía antecedentes criminais e atuava como receptador de telefones celulares roubados.
De acordo com relatos da mãe de Eduarda, Mariley Ferreira, a filha e o ex-companheiro haviam terminado o relacionamento em junho de 2024. Mesmo com a medida protetiva em vigor, a vítima continuava sendo ameaçada pelo agressor. Mariley lamentou a morte da filha e revelou que o ex-marido constantemente a perseguia e fazia ameaças de morte.
O crime chocou a população do Centro do Rio e chamou atenção para a gravidade da violência contra a mulher. A Polícia Civil destacou a importância das medidas protetivas e ressaltou a necessidade de combater o feminicídio. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público para que sejam tomadas as devidas providências legais em relação ao caso.
Carlos Damião está sob custódia das autoridades e aguarda julgamento pelos crimes de feminicídio e furto qualificado. A família de Eduarda busca por justiça e espera que o acusado seja responsabilizado pela morte da jovem. A tragédia serve como alerta sobre a importância de denunciar casos de violência doméstica e mostrar que atos como este não podem ser tolerados em nossa sociedade.