Campinas terá piscinão de 75 milhões de litros para conter enchentes na Orosimbo; entenda obra e impactos
Estrutura de macrodrenagem deve reduzir em 70% as enchentes na região central. Previsão é que as obras iniciem em março de 2025 e durem dois anos.
Campinas terá piscinão de 75 milhões de litros para conter enchentes na Orosimbo
Um piscinão com capacidade para 75 milhões de litros de água será construído na região da Avenida Orosimbo Maia, no Centro de Campinas (SP). O aviso de licitação da obra foi publicado nesta segunda-feira (9) no Diário Oficial do Município e a expectativa é que a obra seja concluída até 2027.
É o segundo piscinão do plano antienchente, projeto lançado pela prefeitura para reduzir o impacto dos temporais na região central. A primeira estrutura está sendo construída deste julho deste ano no Jardim Paranapanema e deve conter as cheias na Avenida Princesa D’Oeste.
O piscinão para conter as enchentes na Orosimbo será construído no subterrâneo de uma praça que fica entre o Mercado Municipal e a Avenida Senador Saraiva. O local fica bem na cabeceira do córrego serafim, responsável pelas inundações na região central.
Piscinão deve controlar 70% das enchentes na região da Avenida Orosimbo Maia, em Campinas — Foto: Arte G1
A obra está orçada em R$ 132 milhões, mas vence a concorrência a empresa ou consórcio que oferecer o maior desconto nesse valor. O piscinão será custeado com recursos emprestados ao município pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
ENTENDA OBRA
Em entrevista ao DE, o Secretário Municipal de Infraestrutura, Carlos Barreiro, detalhou a obra de macrodrenagem e explicou que ela deve reduzir em 70% as enchentes na região da avenida Orosimbo Maia.
Segundo Barreiro, o projeto que está sendo licitado inclui, entre outras coisas:
Um piscinão subterrâneo de 22 metros de profundidade com dois anéis circulares, cada uma com 45 metros de diâmetro;
Galerias que vão levar ao piscinão águas de chuva da Avenida Andrade Neves, da rua Delfino Cintra e de outras ruas do bairro Botafogo;
Galeria subterrânea que vai levar á água do Córrego Serafim até o piscinão.
“Esse piscinão vai alterar a macrodrenagem do entorno porque toda aquela água que hoje cairia diretamente no rio, ela vai passar por ele”, explicou o secretário.
A previsão da Prefeitura é que as obras desse piscinão na região central inicie em março de 2025, com previsão de duração de dois anos. “Até o final do mês de fevereiro, nós devemos fechar a licitação para começar as obras a partir de março”, prevê Barreiro.
Enquanto durarem as obras, haverá um impacto no trânsito da região, mas o secretário afirmou que ainda não é possível detalhar. “Não dá para falar muito agora sobre os reflexos, mas é possível que a gente consiga, segundo os estudos de impacto, que seja bem reduzido”, afirmou.
PISCINÃO NA PRINCESA
Avenida Princesa d’Oeste, em Campinas (SP), fica completamente alagada — Foto: Reprodução/EPTV
Em julho deste ano, a Prefeitura assinou a ordem de serviço que autorizou o início das obras do primeiro mega piscinão, que ficará na região do Jardim Proença.
O objetivo desta primeira etapa do plano é solucionar os frequentes alagamentos nas avenidas Princesa d’Oeste e Norte Sul. Essa parte da obra vai custar R$ 205 milhões e tem prazo de 24 meses para a conclusão.
Os serviços serão executados pelo Consórcio JDPF formado pelas empresas Jogefe Pavimentação e Construção Ltda., DP Barros Construção e Pavimentação Ltda., e FBS Construção Civil e Pavimentação S.A. O consórcio ofereceu desconto de 3,5% sobre o orçamento e foi vencedor da licitação.
A OBRA
Galerias subterrâneas (em azul) vão levar a água da chuva da avenida Princesa d’Oeste até o piscinão (círculo vermelho) — Foto: Reprodução/Google Street View
O piscinão será construído no subterrâneo da antiga Praça de Esportes do Paranapanema. A ligação da Avenida Princesa d’Oeste, no Jardim Proença, até o piscinão será feito por 352 metros de galerias de águas subterrâneas com 3,5 metros de diâmetro.
“O reservatório da Praça de Esportes Paranapanema será tamponado, ou seja, coberto, para que a Praça possa ser recomposta. Quando estiver em operação, nos momentos de cheia, a água entrará por uma galeria de derivação e será escoada por outra, com auxílio de quatro bombas submersíveis”, explicou a Prefeitura.
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