O estado de São Paulo está se empenhando em melhorar a qualidade ambiental do Rio Tietê e seus afluentes, com a retirada de uma quantidade recorde de lixo em 2024. A Secretaria de Meio Ambiente revelou que mais de 90 mil caminhões foram utilizados para remover 1.315.042 metros cúbicos de sedimentos, a maior quantidade em nove anos. Essa ação faz parte do projeto IntegraTietê, lançado em março de 2023, que já resultou na remoção de mais de 2,3 milhões de m³ de detritos até o momento.
Desde o início do programa, o governo estadual investiu cerca de R$ 434 milhões no desassoreamento do Rio Tietê, visando a melhoria da capacidade de absorção de água das chuvas e a redução do risco de enchentes. O monitoramento realizado em parceria com a Cetesb em 30 pontos do rio é fundamental para acompanhar o nível de carga orgânica total, tendo como meta a redução da presença de matéria orgânica e a restauração da coloração e do odor característicos da água até 2029.
Por outro lado, a preocupação com a poluição da bacia hidrográfica do Rio Tietê ainda persiste. De acordo com dados da Fundação SOS Mata Atlântica, a mancha de poluição aumentou 47 quilômetros em 2024, atingindo 207 km de extensão. Esse é o pior resultado desde 2012, quando a marca chegou a 240 km. A Secretaria do Meio Ambiente também destacou a importância da eliminação do lançamento de esgoto no curso d’água, com investimentos da Sabesp, empresa que passou por um processo de privatização recentemente.
O vídeo mostra a atuação das retroescavadeiras no processo de desassoreamento do Rio Tietê, responsáveis pela separação dos diferentes materiais presentes no fundo do rio. A intervenção se estende por 165 quilômetros do Tietê e 25 quilômetros do Rio Pinheiros, abrangendo desde a barragem Edgard de Souza, em Santana de Parnaíba, até a barragem de Ponte Nova, em Salesópolis. Essas ações visam não apenas a remoção do lixo, mas também a restauração da fauna e flora locais, promovendo um ambiente mais saudável e equilibrado.