Ouvidoria pede afastamento de PMs que agrediram faxineiro em Ribeirão Preto: Polícia Militar investiga ação no Jardim Progresso

Ouvidoria da PM de SP pede afastamento de PMs que agrediram faxineiro em Ribeirão Preto. Polícia investiga agentes envolvidos na ação. Três policiais aparecem agredindo jovem de 21 anos com socos, tapas e chutes. Vítima relata medo e busca ajuda médica. SSP afirma que abordagem não condiz com protocolos da instituição.

Ouvidoria da Polícia Militar de SP quer afastamento de PMs que agrediram faxineiro na porta de casa em Ribeirão Preto

Testemunha filmou agentes dando tapas e chutes em jovem no último sábado (7) durante abordagem no Jardim Progresso. A Polícia Militar abriu uma investigação para identificar os agentes envolvidos na ação.

A Ouvidoria da Polícia Militar vai pedir o afastamento dos policiais militares flagrados agredindo um faxineiro na porta da casa dele durante uma abordagem em Ribeirão Preto (SP).

> “Trata-se de mais um episódio nessa espiral de medo e violência implementada pela polícia de São Paulo. Tem-se a dimensão do tamanho da violência, da força dessa violência, pelo barulho no próprio vídeo dos tapas e socos audíveis, mesmo em uma gravação de celular à distância”, diz o ouvidor da polícia do estado de São Paulo, Cláudio Aparecido da Silva.

No vídeo (assista no início da matéria), três dos quatro agentes aparecem agredindo Kauan Yuri da Silva Oliveira, de 21 anos, com socos, tapas e pontapés, sendo que um dos golpes foi dado na cabeça do jovem. A ação aconteceu na porta da casa dele, no Jardim Progresso, zona Oeste de Ribeirão Preto, no último sábado (7).

Kauan alega que os policiais foram acionados por causa de uma discussão entre parentes e amigos durante uma festa. O faxineiro afirma que eles queriam informações sobre o que estava acontecendo na casa e foram agressivos.

“Nas imagens, Kauan não ofereceu qualquer resistência, mas passou a receber golpes dos policiais.

“Eu agachei. Aí ele foi e me deu um tapa de cima pra baixo, aí o outro foi e me deu um chute na minha cabeça. Aí, como eu estava agachado, já foi e me deu um chute. Aí o outro veio já me deu um chute também. Aí eu levanto, falo pra ele, ‘por que você está fazendo isso? O que está acontecendo?’ Aí ele foi e me deu um tapa, me deu um tapão no meu rosto. Aí o outro já veio e me dá um chute. Aí a minha mulher levanta o portão, eles mandam ela entrar de novo pra dentro [da casa] e estava mandando eu ir embora”, conta.

As marcas das agressões, segundo ele, ainda estão em seu rosto. O faxineiro diz que sente medo e que buscou ajuda médica porque não tem conseguido dormir.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que a abordagem não condiz com os protocolos da instituição. A Polícia Militar abriu uma apuração e analisa as imagens para identificar os agentes envolvidos e tomar as medidas cabíveis. Veja mais notícias da região no DE Ribeirão e Franca.