Aumento nas passagens em São Paulo: nesta segunda, tarifa de trem e metrô sobe para R$
5,20, e a de ônibus, para R$ 5 na capital
Segundo a SPTrans, passageiros que tiverem créditos no Bilhete Único adquiridos
até este domingo (5) pagarão pelo valor antigo durante um período de até 180
dias. Após este prazo, o preço cobrado será o reajustado.
1 de 2 Passageiros embarcam em ônibus em ponto lotado na Luz, no Centro de São
Paulo. — Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Passageiros embarcam em ônibus em ponto lotado na Luz, no Centro de São Paulo. —
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
A tarifa de trem e metrô no estado de São Paulo
[https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/cidade/sao-paulo/] passa a ser de R$ 5,20 a
partir desta segunda-feira (6). O aumento foi de R$ 0,20 em relação ao valor
anterior.
Após quatro anos congelado, o valor da passagem de ônibus na cidade de São Paulo
também sofreu reajuste e aumentou de R$ 4,40 para R$ 5. Parlamentares do PSOL
chegaram a entrar com uma ação popular para suspender o reajuste, porém o
Tribunal de Justiça negou o pedido (leia mais abaixo).
👉🏻 Segundo a SPTrans, a empresa de transporte do município, os passageiros que
tiverem créditos no Bilhete Único adquiridos até 5 de janeiro podem utilizá-los
pelo valor antigo (R$ 4,40) por até 180 dias. Após este prazo, o valor cobrado
será o reajustado.
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A Secretaria dos Transportes Metropolitanos, do governo de São Paulo, justificou
o aumento “considerando a manutenção e sustentabilidade do sistema e assegurando
o princípio da modicidade tarifária”.
“O cenário mais equânime sob o ponto de vista social e econômico-financeiro do
sistema é a proposta de reajuste tarifário que resulta na proposição de
aplicação de 4% sobre o valor da tarifa vigente, abaixo da inflação estimada
para o ano de 2024, prevista em 5,09%, percentual este que gerará diminuição de
aportes públicos do GESP às empresas públicas”, apontou Manoel Marcos Botelho,
secretário da pasta.
2 de 2 Estação da Sé de Metrô, no Centro de SP — Foto: GABRIEL SILVA/ATO
PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Estação da Sé de Metrô, no Centro de SP — Foto: GABRIEL SILVA/ATO PRESS/ESTADÃO
CONTEÚDO
TARIFA DO ÔNIBUS
A tarifa na capital paulista estava congelada em R$ 4,40 desde janeiro de 2020,
último ano em que houve reajuste, ainda na gestão do ex-prefeito Bruno Covas
(PSDB). A inflação desse período foi de cerca de 32%, segundo o IPCA.
De acordo com a prefeitura, caso fosse considerada a recomposição da inflação, a
tarifa passaria de R$ 4,40 para, no mínimo, R$ 5,84.
O valor foi apresentado pela SPTrans durante reunião do Conselho Municipal de
Trânsito e Transporte (CMTT) realizada em 26 de dezembro. Na reunião, a
administração municipal chegou a cogitar reajuste para R$ 5,20, um aumento de
18,2%.
Em entrevista cedida à GloboNews em 18 de dezembro, o prefeito Ricardo Nunes
[https://de.globo.com/politica/politico/ricardo-luis-reis-nunes/] afirmou que o
valor da tarifa é impactado por uma série de fatores
[https://de.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/12/18/alta-do-dolar-deve-impactar-valor-da-tarifa-do-onibus-em-sao-paulo-diz-nunes.ghtml],
como o preço do diesel, o dissídio de funcionários, a estimativa de inflação e a
alta do dólar.
A deputada federal Luciene Cavalcante, o deputado estadual Carlos Giannazi e o
vereador Celso Giannazi, todos do PSOL, entraram com uma ação popular
solicitando a suspensão do aumento da tarifa de ônibus em São Paulo.
Segundo os parlamentares, a reunião do conselho, em que foi discutido o valor da
nova passagem, “foi realizada de maneira açodada, sem prévia convocação e,
portanto, sem a possibilidade de efetiva participação popular, razão pela qual
reputam-na nula”.
Em 28 de dezembro, o juiz Bruno Luiz Cassiolato determinou que a prefeitura
explicasse o reajuste em até 48 horas. E na quarta-feira (1°), a Justiça decidiu
manter o aumento da passagem