Em 2 dias de 2025, bombeiros do RJ fazem 1.285 resgates de afogados; número sobe
426% em 1 ano
Total de pessoas resgatadas nos 2 primeiros dias do ano é 5 vezes maior do que o
registrado no mesmo período de 2024. Esse ano, só na Zona Sul do Rio foram 867
resgates.
Bombeiros fazem mais de mil resgates no mar no RJ já em 2025
O número de pessoas que precisaram ser resgatadas nas praias do Rio de Janeiro aumentou 426%, na comparação dos primeiros dias de 2024 e de 2025, segundo Corpo de Bombeiros do Estado.
O levantamento apontou que, em todo litoral fluminense, foram realizados 1.285
salvamentos nos primeiros dias de 2025. No mesmo período do ano passado, foram
244 ocorrências.
Entre as vítimas, não há morte confirmadas. Um homem, no entanto, o jardineiro
Edmilson de Jesus Júnior, de 27 anos, desapareceu ao entrar no mar de Barra de
Guaratiba na noite de terça-feira (31). As buscas por ele continuam neste sábado (4).
DIA 1º: AUMENTO DE MAIS DE 1.000%
De acordo com os bombeiros, só no dia 1º de janeiro, foram 1.138 afogamentos em
todo o estado. Em 2024, o primeiro dia do ano teve apenas 95 resgates, um
aumento de 1.097%.
867 RESGATES SÓ NA ZONA SUL DO RIO
O aumento do número de resgates ocorreu em todo o estado, mas as praias da Zona Sul da capital fluminense registraram a maior concentração de afogamentos desses primeiros dias.
Ao todo, a orla mais famosa do Rio contabilizou 867 resgates por afogamento em dois dias. Só no primeiro dia do ano foram 815 salvamentos.
Esse foi o número de pessoas resgatadas nas praias do Leme, Copacabana, Ipanema, Leblon e São Conrado, área de atuação do 3° Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros.
“A gente já estava preparado para esse aumento, visto que esses dias tivemos uma condição muito diferente do clima em relação ao ano passado. Tivemos sol, dia mais quente e água mais quente, com mar mais baixo”, explicou o major Fábio Contreiras, porta-voz do Corpo de Bombeiros do Rio.
De acordo com a corporação, o perfil dos afogados nas praias é bastante variado, mas a maior concentração dos resgates é feita de homens adultos.
Em dezembro, os bombeiros deram início a Operação Verão, que conta com 30% a mais do efetivo de guarda-vidas, além de botes infláveis e 96 motos aquáticas pilotadas por médicos para aumentar a eficiência dos resgates. Para o porta-voz da corporação, major Contreiras, a presença rápida de um médico no local do afogamento aumenta a chance de sucesso da operação.
“Fizemos um estudo de um ano e provamos que a chegada de um médico em uma moto aquática é mais rápida entre 50% e 80% para que ele chegue em uma ambulância e a gente tenha um atendimento mais rápido. Como consequência, os afogamentos mais graves, aquele que tem a parada cardíaca, a gente tem atendido mais rápido”, explicou o major.
Na Operação Verão, os bombeiros também utilizam drones com megafones acoplados para alertar os banhistas sobre o perigo em áreas de correnteza, mirantes e pedras.
Para evitar problemas nesse período de praias cheias e férias, fica o alerta também da estudante Laura Siqueira, que avisa para evitar o mar quando ele estiver muito agitado.
“É muito perigoso entrar no mar quando tiver muitas ondas. Então espere dar uma acalmada no mar para depois entrar”, reforçou Laura.
ORIENTAÇÃO DOS BOMBEIROS
Preocupado com os dados desse início de ano, os Bombeiros do RJ divulgaram uma
série de orientações para evitar afogamentos no mar. A principal regra é: Jamais entre onde tiver a bandeira vermelha.
Orientações para um banho de mar calmo e seguro.
* As placas ‘NÃO ENTRE’ e as bandeiras vermelhas sinalizam os locais de risco
daquela praia;
* Áreas de correntes de retorno costumam ter tonalidades diferentes e poucas
ondas;
* Se você ficar preso em uma corrente de retorno, peça ajuda acenando com o
braço, nade para os lados, paralelamente à praia, nunca em direção à areia
* Evite entrar no mar à noite;
* Se entrar no mar com criança, não fique a mais de um braço de distância dela;
* Não avance depois que a água atingir o nível do seu umbigo;
* Evite nadar próximo de mirantes, pedras e rochas;
* Se vir alguém se afogando, não tente salvá-la. Chame o Corpo de Bombeiros e,
para ajudar, tente lançar objetos que ajudem a flutuar.