Dois bairros de Ipatinga estão entre os 10 mais populosos de Minas Gerais
O bairro Canaã tem 26.569 moradores; no Bethânia são 25.546.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou os dez bairros
mais populosos de Minas Gerais. Ipatinga
[https://g1.globo.com/mg/vales-mg/cidade/ipatinga/] aparece duas vezes na lista.
Em sétimo lugar está o bairro Canaã, com uma população de 26.569 pessoas. O
Bethânia aparece em nono lugar no ranking, com 25.546 moradores.
A história dos dois bairros se confunde. Em 1937, Pedro Soares, que veio de
Santana do Paraíso
[https://g1.globo.com/mg/vales-mg/cidade/santana-do-paraiso/], comprou as terras
da fazenda Barra Grande, onde estão hoje os bairros Canaã e Bethânia.
Em 1950, Selim José de Salles – que dá nome à principal avenida que corta os
dois bairros – adquiriu a propriedade e a chamou de fazenda Bethânia.
Com a expansão da cidade, Selim firmou uma parceria com Pedro Linhares, dono de
uma imobiliária à época, para fazer o loteamento dos bairros. Assim surgiram
Canaã e Bethânia.
No início, tudo era mato e terra vermelha.
“Nós fomos mais ou menos o 10º morador da área da [ruua] Fabrício Gomes. […]
Existiam muito poucas casas, quase não tinha vizinhos né. Olha, o bairro não
tinha água, luz, ônibus, não existia nada. O ônibus que a gente pegava era lá
no Canaã. A gente ia a pé […] se a gente precisasse chegar até o Centro de
Ipatinga, né. Às vezes pra fazer alguma consulta. […] Não existia posto
de saúde. Aí, pra estudar também era lá no Canaã”, relembra Dilene Lopes Lacerda, auxiliar de serviços
gerais.
Ela chegou a Ipatinga com a
família em 1975, quando tinha 13 anos, e foi morar no Bethânia. Dilene estudou
na primeira escola do Canaã, a Escola Municipal Artur Bernardes.
Na década de 1980, o bairro Bethânia ganhou a primeira instituição de ensino:
Escola Municipal Deolinda Tavares Lamego. Dilene estudou lá, assim como seus
filhos. Agora, ela leva os netos à mesma escola onde estudou.
Rita da Luz Miranda de Castro criou os seis filhos no bairro Canaã. À medida em
que a família aumentava, ela acompanhava o crescimento do bairro.
“Era bairro de início, novo né, tinha poucas casas, porém já tinha duas
escolas, uma municipal e uma estadual. Não tinha asfalto, era terra pura.
O bairro foi melhorando pra gente aqui, adquirindo família, acompanhando
os filhos”, contou.
Os bairros se desenvolveram e hoje oferecem dezenas de opções de quase todos os
segmentos. Quem mora no Bethânia ou no Canaã, garante que resolve tudo dentro do
próprio bairro.