UFLA revoluciona análise de azeites com câmeras de celulares: método seguro, preciso e sustentável. Redução de 98% dos solventes tóxicos e custos mais baixos.

Pesquisa da Ufla utiliza câmeras de celulares para analisar qualidade de azeites, reduzindo em 98% o uso de solventes tóxicos. Saiba mais!

Saiba como pesquisadores da Ufla analisam qualidade de azeites por câmeras de celulares

Descoberta reduz em 98% o uso de solventes tóxicos para analisar azeites, aprimorando a segurança e a sustentabilidade. Pesquisa da Ufla também torna a análise mais precisa e barata.

Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de Lavras descobriu uma maneira mais segura, prática e barata de analisar a qualidade de azeites. O método utilizou câmeras de celulares para avaliar o produto.

A análise tradicional utiliza solventes químicos para observar os azeites por meio da cor. No entanto, esses produtos são tóxicos e podem prejudicar tanto a saúde de pesquisadores como o meio ambiente.

Método desenvolvido pela UFLA reduz 98% dos solventes tóxicos na análise de azeites — Foto: acervo pessoal

As câmeras de celulares permitem visualizar as cores dos azeites com redução de 98% dos solventes tóxicos, conforme Amanda Souza Anconi, doutora responsável pela tese defendida no Programa de Pós-Graduação em Agroquímica da Ufla.

O grupo de pesquisa utilizou um aplicativo que transforma informações de cores em dados numéricos. A partir dos números, puderam construir modelos matemáticos que se encaixavam nos parâmetros de análise.

O azeite extravirgem atende aos parâmetros químicos de qualidade e não apresenta defeitos sensoriais. Já o azeite virgem pode ter sido elaborado de azeitonas passadas. Por fim, o lampante é impróprio para o consumo, já que pode ter sido feito de azeitonas estragadas.

Após captarem as cores pelas câmeras, pesquisadores da Ufla analisam os dados por um aplicativo — Foto: reprodução/EPTV

O que determina essa classificação dos azeites são as qualidades químicas e sensoriais deles. Os parâmetros químicos são os índices de peróxidos e acidez livre, que foram avaliados na pesquisa.

A descoberta também ajuda produtores de azeite, que costumam pagar pelas análises. Uma vez que o custo da tecnologia utilizada pelos laboratórios abaixa, o valor da análise fica mais barato.

A partir da coloração, pesquisadores da Ufla analisam se azeites podem ser consumidos — Foto: acervo pessoal

Por enquanto, somente especialistas utilizam o aplicativo para analisarem os azeites. Isso porque a análise requer o conhecimento dos cálculos matemáticos e dos parâmetros de qualidade.

No entanto, a pesquisadora acredita que esse tenha sido um passo importante para que consumidores e produtores possam fazer as suas próprias análises no futuro.

Pesquisadores utilizam celulares como instrumento de trabalho nos laboratórios da Ufla

A pesquisadora aponta que o novo método impacta diretamente os consumidores. O valor comercial do produto é baseado nos parâmetros de qualidade determinados por lei, portanto é necessário que os resultados das análises tenham o máximo de exatidão.

Pesquisadores utilizam celulares como instrumento de trabalho nos laboratórios da Ufla

“A gente pode expandir essa pesquisa. Essa pesquisa pode envolver equipes multidisciplinares, que a gente chegue num ponto de desenvolver um aplicativo acessível ao produtor, ao consumidor. Eu espero que a gente chegue nesse ponto”, afirma a pesquisadora.

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