Guardas municipais são denunciados por extorsão e sequestro no RJ

O Ministério Público do Rio denuncia guardas municipais que se passaram por policiais para extorquir suspeitos. Prisão em flagrante e processo disciplinar em andamento.

O Ministério Público do Rio (MPRJ) denunciou dois guardas municipais que se passaram por policiais para extorquir dinheiro de suspeitos envolvidos em um golpe. Segundo as investigações, os agentes e um terceiro homem chegaram a sequestrar um dos suspeitos e exigiram o pagamento de R$ 50 mil de resgate. Os três foram presos em flagrante e denunciados por extorsão, extorsão mediante sequestro, roubo e cárcere privado.

Os guardas municipais abordaram os suspeitos em uma boate na Baixada Fluminense, fingindo ser policiais civis e alegando ter conhecimento do golpe conhecido como “Boa Noite, Cinderela”. No dia seguinte, um dos suspeitos, Hyago Conceição dos Santos, natural de São Paulo e investigado no Rio, foi sequestrado, colocado no porta-malas de um carro e mantido em cativeiro com as mãos e pés amarrados. Durante o período de cárcere, os acusados entraram em contato com familiares da vítima e com outros suspeitos do golpe, exigindo o pagamento de R$ 50 mil de resgate.

A polícia foi acionada e conseguiu localizar o cativeiro, resultando na prisão em flagrante dos três envolvidos. Os presos foram identificados como os guardas Jeferson Luiz Batista da Silva e Igor da Rocha Maia, juntamente com o comparsa Deividson Michael Vieira de Assis, responsável pelo cativeiro. A Guarda Municipal abriu um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra os agentes, afastando-os de suas funções e colaborando com as investigações em andamento.

A atuação dos guardas municipais que se passaram por policiais para cometer os crimes de extorsão, sequestro, roubo e cárcere privado foi repudiada pelo MPRJ. Segundo a denúncia, os acusados faziam ameaças e exigiam o pagamento de valores a título de resgate enquanto mantinham a vítima em cárcere. A investigação revelou que os crimes ocorreram em duas ocasiões, resultando na prisão dos acusados em flagrante delito.

A ação criminosa dos guardas e de seu comparsa chocou a população e as autoridades, que destacam a gravidade dos delitos perpetrados. O MPRJ ressalta a importância de coibir e combater práticas criminosas que prejudicam a segurança pública e a integridade dos cidadãos. O caso continua sendo investigado para identificar possíveis cúmplices e esclarecer todos os detalhes dessa trama criminosa.

É fundamental que casos como esse sejam levados a julgamento para que haja punição adequada aos envolvidos e justiça para as vítimas. A atuação ilegal de agentes públicos que desrespeitam a lei e abusam de seu poder deve ser duramente combatida, garantindo a proteção da sociedade e a responsabilização dos culpados. O MPRJ segue acompanhando o desdobramento do caso e atuando para que a justiça seja feita.