Mais de 200 peixes morreram devido à falta de energia em casa na Grande SP. Espécies exóticas vindas da Austrália e Indonésia viviam em aquários na casa de arquiteto que estima mais de R$ 15 mil de prejuízo. A EDP diz que até a tarde deste sábado (21), mais de 95% dos clientes impactados pelo temporal de sexta-feira já tiveram o fornecimento de energia normalizado.
Um arquiteto perdeu mais de 200 peixes e calcula um prejuízo de mais de R$ 15 mil por conta da falta de energia elétrica na casa onde mora em Mogi das Cruzes na Grande SP. Ele afirma que o imóvel teve o fornecimento interrompido na tarde sexta-feira (20), depois que um temporal castigou a cidade. Apesar do contato com a EDP, concessionária que atende a cidade, a casa ainda estava sem energia na tarde deste sábado (21). A EDP informou que segue com equipes mobilizadas e dedicadas ao atendimento, de forma ininterrupta, às ocorrências provocadas pela chuva de sexta-feira (20), no Alto Tietê. Segundo a concessionária, até a tarde deste sábado (21), mais de 95% dos clientes impactados pelo temporal já tiveram o fornecimento de energia normalizado.
Pedro Paulo Miwa Neves explica que perdeu toda a população que vivia em três aquários na casa onde ele mora na Vila Oliveira. Os peixes de espécies exóticas são da região da Austrália, Papua Nova Guiné e Indonésia. O aquarismo é um hobby que ele pratica há 40 anos. “Na manhã deste sábado, completamos 24 horas sem energia e o sistema de bombeamento entre o aquário e o filtro tá parado desde esse tempo e isso está acarretando em aumento de amônia, diminuição de oxigênio. Mesmo com a colocação de aeradores à pilha eu não consegui injetar a quantidade de oxigênio necessária no aquário.”
De acordo com Miwa, o aquário de 700 litros aguenta de oito a dez horas com todos os equipamentos desligados. “Mas quando começa a entrar na 15ª, 16ª hora o sistema biológico vai se degradando e começa a ficar um ambiente perigoso para os peixes. Quando atinge mais de 24 horas as condições ficam tão deterioradas, o peixe está em uma água sem oxigênio, em uma água com amônia e daí ele tem dificuldade para respirar começa a afetar o sistema nervoso dele, sistema locomotor e leva ao estresse severo e a morte. Foi o que aconteceu hoje aqui”. O arquiteto afirma que no contato por telefone com a EDP ouve apenas uma gravação que informa que equipes estão trabalhando, mas ninguém chega ao imóvel dele. Ele também registrou a reclamação no aplicativo da concessionária.
A professora Ana Marchese é vizinha do arquiteto e estava com a geladeira cheia de alimentos comprados especialmente para a ceia de Natal, como frutas, verduras e carnes. “Já joguei fora as verduras, legumes, iogurte, requeijão. Acabou energia na sexta 13h30. Fizemos reclamação e nada.” O professor Luiz Augusto Olberg acondicionou alimentos no gelo e mesmo assim não conseguiu conservar os produtos. Por conta da oscilação precisou desligar os eletrodomésticos. Ele afirma que várias lâmpadas da casa queimaram. “A gente tá sem saber a quem recorrer. Eles não atendem o telefone e dizem que tem muitas emergências e não consegue falar com o atendente.”