MPE solicita apuração de irregularidades em contas de candidatos a vereador em Uberlândia: Thais Andrade, Alexandra Sardella, Braulio Marcos, José Gerônimo Sobrinho e Stefane Laira.

Ministério Público Eleitoral investiga irregularidades em contas de candidatos a vereador em Uberlândia. Transparência e defesa dos envolvidos são fundamentais.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou à Justiça a apuração de possíveis irregularidades na prestação de contas de cinco candidatos a vereador em Uberlândia. O promotor Eleitoral Daniel Marotta levantou questões sobre a utilização de empresas “laranjas” e doadores de campanha cadastrados como desempregados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), suspeitando de ocultação dos verdadeiros emissários dos valores. Das cinco ações propostas, apenas Thais Andrade (União) buscava a reeleição.

Os nomes dos candidatos envolvidos, por ordem alfabética, são Alexandra Sardella (PP), Braulio Marcos (Avante), José Gerônimo Sobrinho, também conhecido como Zé Folhinha (Mobiliza), Thais Andrade (União) e Stefane Laira (PL). O veículo DE tentou contato com os investigados, sendo que apenas a candidata Alexandra Sardella não se pronunciou até o momento. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que Uberlândia teve 539 candidatos a vereador registrados para a eleição de 2024, com 27 eleitos para ocupar uma cadeira no Legislativo em 2025.

As ações propostas pelo MPE buscam esclarecer as possíveis irregularidades identificadas nos dados de despesas e receitas dos candidatos, confrontando informações do DivulgaCandContas com registros de órgãos públicos. O promotor Marotta solicitou que os citados apresentem suas defesas em até cinco dias após notificação, além de requerer esclarecimentos dos demais envolvidos nas suspeitas. As punições previstas em caso de procedência das ações incluem a inelegibilidade por até oito anos após a eleição.

Cada candidato enfrenta acusações específicas. No caso de Alexandra Sardella (PP), os questionamentos giram em torno de valores recebidos por contratados com disparidades e a remuneração do filho. Braulio Marcos (Avante) é acusado de receber doações de pessoas desempregadas, levantando suspeitas sobre a origem dos recursos. José Gerônimo Sobrinho (Mobiliza) é investigado por pagamentos a empresa suspeita de ser fictícia, com indícios de recebimento indevido de benefícios.

Thais Andrade (União) enfrenta questões sobre doações recebidas de pessoa desempregada, despesas com combustíveis em posto suspeito e ocultação de empregados. Stefane Laira (PL) é apontada por omitir despesas na prestação de contas e não comprovar a realização de serviços contratados. As defesas dos candidatos alegam transparência e legalidade nas campanhas eleitorais, contestando as acusações realizadas pelo MPE.

Para manter a transparência e garantir a legitimidade do processo eleitoral, é fundamental que as investigações sejam conduzidas de forma imparcial, respeitando os direitos de defesa de todos os envolvidos. A Justiça Eleitoral deverá analisar os documentos apresentados e deliberar sobre as possíveis consequências das irregularidades identificadas nas prestações de contas dos candidatos a vereador em Uberlândia.