O que se sabe e o que falta saber sobre caso da menina que prendeu cabelo e se afogou em piscina de resort em Campinas
Em coletiva, Polícia Civil divulgou laudo da perícia técnica apontando irregularidade em dispositivo no ralo da piscina e apresentou novas linhas de investigação. A vítima de 9 anos ficou internada 11 dias na UTI e não resistiu.
Laudo aponta irregularidade em dispositivo que afogou menina em resort de Campinas
A Polícia Civil divulgou nesta quarta-feira (18), em uma coletiva, o laudo da perícia técnica do caso da menina de 9 anos que morreu afogada após ficar submersa em piscina de resort em Campinas (SP) no dia 23 de novembro.
A menina ficou sete minutos debaixo d’água antes de ser socorrida por hóspedes do hotel e morreu 11 dias depois do acidente na UTI do Hospital Pediátrico Mário Gattinho, onde estava internada.
Durante a coletiva, o delegado explicou o rumo das investigações e contou que um caso semelhante ocorreu com outra criança dia 13 de setembro, mas a criança de sete anos conseguiu se soltar com ajuda do irmão.
O DE preparou uma cronologia com os principais acontecimentos do caso. Veja abaixo:
Sábado, 23 de novembro.
* Uma criança de 9 anos se afogou após ficar 7 minutos submersa presa pelo cabelo em ralo de uma piscina em resort de luxo.
* Conforme o registro na Polícia Civil, a menina foi resgatada por hóspedes do hotel.
* Ela foi conduzida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital Pediátrico Municipal Mário Gattinho.
Segunda-feira, 25 de novembro
* O caso foi registrado como lesão corporal no 2º DP de Campinas pelo pai da menina.
Terça-feira, 26 de novembro
* Foi realizada a perícia do local e um representante do hotel foi ouvido. Imagens das câmeras de segurança foram apresentadas às autoridades.
Quinta-feira, 28 de novembro
* A polícia começou a ouvir testemunhas que estiveram no local, funcionários e hóspedes do hotel.
Quarta-feira, 4 de dezembro
* A menina morreu no hospital no mesmo dia em que comemoraria o aniversário de 10 anos.
Sexta-feira, 6 de dezembro
* Velório da criança no Cemitério Central de Paulínia pela manhã e enterro no Cemitério Parque das Palmeiras.
Quarta-feira, 18 de dezembro
* Polícia Civil divulgou laudo da perícia técnica apontando irregularidade em dispositivo e apresentou novas linhas de investigação.
PRÓXIMOS PASSOS
Durante a coletiva desta quarta, o delegado Luiz Fernando Marucci, responsável pela investigação do caso, explicou os próximos passos da investigação:
* Solicitar informações sobre o projeto técnico da piscina;
* Buscar informações sobre o responsável pela instalação do dispositivo (engenheiro, técnico responsável pelo projeto e engenheiro técnico responsável pela execução do projeto).
Segundo o delegado, a partir do laudo técnico foi pensado um novo direcionamento para investigação, uma vez que foi constatado que o dispositivo onde aconteceu o acidente estava fora das normas técnicas.
O caso é investigado como homicídio culposo (sem intenção), mas a Polícia Civil não descarta classificar como dolo eventual.
LAUDO APONTA IRREGULARIDADE EM DISPOSITIVO
A Polícia Civil informou na tarde desta quarta-feira (18) que o dispositivo de sucção responsável por prender o cabelo da menina de nove anos e afogá-la no fundo da piscina de um resort em Campinas (SP) no dia 23 de novembro estava irregular. A vítima ficou submersa por sete minutos e morreu 11 dias depois do acidente no hospital.
De acordo com o delegado Luiz Fernando Marucci, responsável pela investigação do caso, a irregularidade foi apontada pelo laudo pericial do Instituto de Criminalística (IC).
“O dispositivo onde aconteceu o acidente está em total desconformidade com as normas técnicas. Esse tópico é muito importante para nós agora no curso da investigação, porque a partir de…
Além disso, a lei vigente obriga a presença de equipamentos de segurança que impeçam a sucção de cabelos e de partes do corpo debaixo d’água, o que não foi seguido nesse caso específico.
O delegado Marucci mencionou que vai solicitar informações sobre o projeto técnico da piscina e depois avaliar eventuais responsabilidades. O caso está sendo tratado como homicídio culposo (sem intenção), mas não está descartada a possibilidade de ser classificado como dolo eventual, dependendo dos desdobramentos da investigação.
O resort se pronunciou informando que colabora com as autoridades desde o início das investigações. Medidas foram tomadas para desativar o dispositivo onde ocorreu o acidente de forma definitiva, reforçando a segurança nas piscinas.
Em respeito à família da vítima, o hotel lamentou o ocorrido e se colocou à disposição para qualquer esclarecimento necessário durante a investigação.
Com base nas informações do laudo pericial e nas imagens das câmeras de segurança, a Polícia Civil confirmou que a menina ficou submersa por mais de sete minutos, resultando no afogamento como causa de morte.
O delegado destacou ainda que não foi o primeiro acidente com esse dispositivo da piscina do resort, citando um caso anterior envolvendo uma criança de sete anos que conseguiu se soltar após ajuda do irmão. Esse histórico será investigado para compreender melhor a situação e…
Assim, a investigação segue em andamento para esclarecer todos os detalhes do acidente e tomar as medidas cabíveis em relação à segurança nas piscinas do resort.
Em nota oficial, o resort reiterou seu compromisso com a segurança e o bem-estar dos hóspedes, mantendo os protocolos de segurança em plena operação para prevenir futuros incidentes semelhantes.
A morte da menina levantou questões importantes sobre a fiscalização de dispositivos de segurança em ambientes como piscinas de resorts de luxo, destacando a importância de seguir as normas técnicas para evitar tragédias como essa no futuro.
A comoção e solidariedade com a família da vítima permanecem, enquanto as autoridades seguem com as investigações para esclarecer todas as circunstâncias que levaram ao trágico acidente. Uma atenção especial está sendo dada às normas de segurança que devem ser seguidas rigorosamente em estabelecimentos como o resort em questão para evitar novas ocorrências semelhantes.
Em resumo, o caso da menina que se afogou na piscina do resort em Campinas ainda está sendo investigado minuciosamente pela Polícia Civil, buscando responsabilidades e garantindo a segurança de todos os frequentadores desses espaços de lazer. A irregularidade no dispositivo de sucção foi apontada como fator determinante no acidente, e medidas estão sendo tomadas para evitar que tragédias como essa se repitam no futuro.
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