Alemães são investigados por aliciamento de meninas na Cidade de Deus: Polícia Civil do Rio atua no combate à exploração sexual infantil

Alemães são investigados por exploração sexual infantil na Cidade de Deus. Fotógrafo aliciava meninas de 12 a 15 anos. Polícia prende um dos envolvidos.

Um grupo de alemães está sob investigação da Polícia Civil do Rio, suspeito de aliciar meninas na Cidade de Deus para exploração sexual. De acordo com a Civil, essa associação criminosa praticava exploração sexual infantil, produção de conteúdo de abuso sexual e estupro de vulnerável. Frank Altmann, de 60 anos, é acusado de aliciar pelo menos 20 meninas com idades entre 12 e 15 anos.

Os alemães foram identificados como os autores desses crimes na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio. Um fotógrafo foi detido em uma operação conjunta da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) com a Agência Federal de Investigação Alemã em Berlim. Outro europeu já havia sido preso no Rio em fevereiro.

Segundo as autoridades, Frank Altmann aliciava meninas na faixa etária de 12 a 15 anos na Cidade de Deus. Ele foi preso ao retornar de uma viagem à Suíça e estava sob investigação desde janeiro, juntamente com outros dois compatriotas. O fotógrafo foi solto pela justiça alemã durante a audiência de custódia.

As investigações apontam que Frank Altmann era um membro influente em círculos sociais, profissional de sucesso e responsável pelo registro de grandes eventos, artistas e modelos internacionais. A investigação teve início com uma denúncia anônima em fevereiro, levando à prisão do jornalista alemão Rainer Adolph, de 71 anos, em Curicica, Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio.

O terceiro alemão investigado no caso, Jan Juri Reetz, não chegou a ser preso, pois foi morto a facadas na Alemanha. O Brasil era escolhido como destino devido ao baixo custo para os estrangeiros. A delegada Isabelle Conti explicou que os alemães cooptavam menores para atividades sexuais, produziam conteúdo clandestino e vendiam para a Europa.

O fotógrafo alemão se envolveu em pelo menos um estupro de vulnerável com uma menina de 13 anos em 2022 e é investigado por favorecimento à prostituição, comercialização de conteúdo de abusos e associação criminosa. A delegada ressaltou que os alemães tinham predileção por adolescentes de 12 a 15 anos. O Brasil tem sido alvo de crimes de exploração sexual envolvendo estrangeiros, o que demanda uma ação conjunta das autoridades para combater essa prática abominável.