A Justiça negou o pedido de habeas corpus do vereador eleito em São Sebastião (SP), Thiago Bally (PSDB), suspeito de participação em um assassinato. A nova decisão foi proferida nesta quarta-feira (18) e manteve a ordem de prisão contra Bally, que foi o sétimo vereador mais votado na cidade nas eleições deste ano.
Thiago Bally encontra-se foragido da Justiça e é suspeito de estar envolvido em um homicídio ocorrido em abril deste ano na cidade litorânea. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou o pedido de habeas corpus da defesa do parlamentar, mantendo assim a prisão preventiva de Bally. Anteriormente, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia negado um pedido semelhante da defesa do vereador.
A relatora Fátima Vilas Boas Cruz, na decisão desta quarta-feira, ressaltou que a decretação e manutenção da prisão preventiva de Thiago Bally não possui qualquer ilegalidade. O julgamento contou com a participação dos desembargadores Luis Soares de Mello e Roberto Porto. Até o momento, a defesa de Bally não se pronunciou sobre o caso.
A ordem de prisão contra Thiago Bally foi decretada em outubro pela Justiça, após suspeitas de seu envolvimento em um assassinato ocorrido em abril. A vítima do crime, Victor Alexandre de Lima, foi atingida por disparos em uma chácara na cidade litorânea. A Polícia Civil apontou Maiquel Douglas Pires Ferreira como autor dos disparos, alegando legítima defesa.
Thiago Bally, em depoimento à polícia, afirmou ter estado no local do crime minutos antes, ajudando um carro com problemas mecânicos. No entanto, o Ministério Público de São Paulo o acusa de ter ordenado o assassinato de Victor. A juíza que determinou a prisão preventiva de Bally justificou a medida com a presença de indícios suficientes de sua participação no crime.
Com 1.173 votos, Thiago Bally foi o sétimo vereador mais votado em São Sebastião nas últimas eleições. O vereador, que permanece foragido, aguarda o desdobramento dos processos legais em relação ao assassinato do jovem Victor Alexandre de Lima. A magistrada responsável pelo caso ressaltou a possibilidade de fuga dos suspeitos, caso sejam soltos, enfatizando a gravidade do caso.