Oficial da PMDF condenado por assédio sexual dentro de quartel

Oficial da PMDF condenado por assédio sexual dentro do quartel. Major usava hierarquia para abordagens inapropriadas. Justiça impõe pena de detenção e reclusão.

Oficial da PMDF é condenado por assédio e importunação sexual contra policiais
femininas e funcionárias de batalhão

Segundo vítimas, major Luizmar Barreto Ferreira usava hierarquia para fazer
abordagens de cunho sexual. Defesa diz ingressou no processo na fase de recurso
de apelação e que vai se inteirar quando tiver acesso aos autos.

Justiça condena major da PM por assédio sexual dentro do quartel
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Justiça condena major da PM por assédio sexual dentro do quartel

Um oficial da Polícia Militar do Distrito Federal foi condenado, na
segunda-feira (17), pelos crimes de assédio sexual e importunação sexual que
ocorreram dentro do Batalhão da PM na região do Recanto das Emas. Segundo o
processo, as vítimas são policiais femininas que eram subordinada ao major
Luizmar Barreto Ferreira, e também funcionárias civis que frequentavam o
batalhão.

A defesa do militar disse ingressou no processo na fase de recurso de apelação,
“que já foi interposto”, e que vai se inteirar do processo e da sentença quando
tiver acesso aos autos.

Em depoimento à Justiça, as vítimas contaram que o oficial usava da posição
superior na hierarquia da PM para tocar de forma inapropriada as vítimas, fazer
abordagens de cunho sexual e enviar mensagens de celular com conotações
ofensivas.

A pena é de 3 anos de detenção e 1 ano, 1 mês e 6 dias de reclusão. O major pode
recorrer em liberdade.

Em nota, a PMDF disse que não comenta decisões judiciais, mas que a investigação
foi realizada pela corporação “sob coordenação da Corregedoria da PMDF” (veja
nota completa abaixo).

CONDENAÇÃO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA

1 de 1 Fachada de Batalhão da Polícia Militar no DF — Foto: TV Globo/Reprodução

Segundo a denúncia do Ministério Público do DF e Territórios, os crimes
aconteceram entre 2019 e 2021, e que “as vítimas tinham medo de represália por
conta da hierarquia militar do major, o que contribuiu para um silêncio
prolongado durante todos esses anos”.

A denúncia ganhou força quando outras vítimas relataram o mesmo comportamento do
militar, depois que uma primeira denúncia chegou ao conhecimento do comando
geral da PMDF.

A condenação é em primeira instância e uma decisão unânime do Conselho
Especial da Auditoria Militar do DF. A sentença se baseou em provas que incluem:
depoimentos, testemunhas e registros de mensagens.

Para o MPDFT, a decisão é um marco no combate ao assédio sexual nas instituições
militares, “fortalecendo os mecanismos de denúncia e incentivando vítimas a
buscarem justiça sem temor de represálias”.

> “Esta decisão transcende a punição individual, simbolizando um compromisso com
> a dignidade das mulheres e a erradicação de práticas opressivas no ambiente
> militar”, diz o promotor de justiça Flávio Milhomem.

O QUE DIZ A PMDF

“A Polícia Militar do Distrito Federal informa que não comenta decisões
judiciais.

Sobre os fatos, toda a investigação, em sede de Inquérito Policial Militar
(IPM), foi realizada pela corporação, sob coordenação da Corregedoria da PMDF.”