Fuzis apreendidos em ataque a carro-forte em Franca foram usados em crimes similares em outras cidades de SP, diz MP
Ministério Público investiga quem são os integrantes e as possíveis ligações entre os casos de tentativa e roubo a veículos de transporte de valores. Uma megaoperação realizada recentemente prendeu 14 pessoas.
Quatro suspeitos presos em operação são de Ribeirão Preto e Franca
Foi confirmado pelo Ministério Público que dois fuzis apreendidos durante o ataque a um carro-forte na região de Franca, em setembro deste ano, foram utilizados em pelo menos outros dois crimes semelhantes em diferentes cidades e datas.
A informação foi divulgada durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (16) pelo promotor Adriano Vanderlei Mellega, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). As investigações agora irão se concentrar em identificar os integrantes e possíveis conexões deles com a tentativa de roubo que ocorreu em setembro.
Segundo o promotor, grupos criminosos sem ‘vínculo territorial’ acabam se unindo em ataques articulados em regiões diferentes do estado. Eles realizam levantamentos das oportunidades e atuam onde veem possibilidade de sucesso.
Pelo menos 11 pessoas foram presas temporariamente e outras três foram presas em flagrante nesta segunda-feira durante a segunda fase da Operação Carcará. Um dos presos acabou morto durante confronto com a polícia.
A megaoperação também resultou na apreensão de R$ 900 mil em espécie, nove veículos avaliados em mais de R$ 1 milhão, meio quilo de maconha, entre outros itens. Uma homenagem foi feita ao sargento da PM Márcio Ribeiro, morto em setembro durante uma troca de tiros com integrantes da quadrilha investigada.
A tentativa de assalto a um carro-forte em Franca ocorreu em setembro, e chamou a atenção da polícia devido ao armamento utilizado pelos criminosos. A empresa alvo do ataque informou que os suspeitos não conseguiram levar nada, já que o dinheiro presente na carga pegou fogo durante a tentativa de abrir o cofre.
Os suspeitos envolvidos no ataque foram perseguidos em ao menos três rodovias da região, resultando em troca de tiros e cinco pessoas feridas, incluindo funcionários da empresa de transporte de valores, policiais e um trabalhador de uma usina. A sequência de confrontos deixou um policial militar e três criminosos mortos dias depois.
Infelizmente, um caminhoneiro ferido durante o confronto veio a falecer após ficar hospitalizado por 20 dias. Os desdobramentos desses eventos revelam a complexidade e a violência presentes no cenário do crime organizado no estado de São Paulo. A busca por justiça e segurança continua sendo prioridade para as autoridades responsáveis.