Um aluno do curso de história da Universidade de Brasília (UnB) foi suspenso por 60 dias por ‘atrapalhar aulas’ ao filmar colegas e professores e postar nas redes sociais. De acordo com a UnB, a divulgação de aulas sem autorização dos professores viola os ‘direitos autorais do docente’. O estudante em questão, identificado como Wilker Leão, considerou a decisão ‘completamente absurda’.
A suspensão de Wilker Leão da UnB foi motivada pelo fato de ele postar vídeos de aulas nas redes sociais sem a devida autorização. A UnB suspendeu o estudante das disciplinas de História da África e História do Brasil por 60 dias. Segundo a instituição, a postura do aluno prejudicava a explicação do conteúdo e o aprendizado dos demais estudantes matriculados nas disciplinas.
O conhecido youtuber e influenciador político, Wilker Leão, tem mais de 1 milhão de seguidores entre suas contas no X, YouTube e TikTok. Sua infração ao gravar e compartilhar vídeos contestando professores durante as aulas resultou na suspensão. A UnB reforçou a importância de respeitar os direitos autorais e os princípios relacionados à privacidade, propriedade intelectual, liberdade e democracia.
Segundo Wilker Leão, a suspensão imposta pela UnB foi arbitrária e desrespeitosa, tanto juridicamente quanto em relação ao ambiente acadêmico. O estudante afirmou não ter tido direito a se defender ou ciência do processo que culminou na penalização. Ele pretende impetrar um mandado de segurança no judiciário para reverter a suspensão e retomar suas atividades acadêmicas.
A Universidade de Brasília reforçou seu compromisso com os direitos fundamentais à privacidade, propriedade intelectual, liberdade de cátedra e democracia. A instituição repudiou qualquer forma de violência, intimidação e agressão, reforçando seus princípios de cultura da paz e defesa dos direitos humanos, pautados no respeito mútuo e na ética.
A decisão de suspensão de Wilker Leão das disciplinas de História da África e História do Brasil foi fundamentada nos princípios da supremacia do interesse público, continuidade da prestação do serviço público, legalidade, motivação e garantia do direito de terceiros ao acesso à educação. A reitora da UnB considerou esses princípios ao determinar a suspensão do estudante por 60 dias.
O caso de suspensão do aluno da UnB chegou ao conhecimento da universidade por meio de denúncias de uso indevido do material pedagógico de um professor de História da África. A Reitoria da UnB alega que as ações de Wilker Leão feriram os direitos autorais dos docentes e, por esse motivo, foi necessária a suspensão para garantir a continuidade do serviço educacional e o respeito aos princípios legais.
Wilker Leão, por sua vez, declarou que a decisão da UnB é injusta e que irá buscar reverter a suspensão por meios judiciais. Ele considera a punição desproporcional e acredita que suas atividades em sala de aula não representaram ameaça ou interferência prejudicial. O estudante argumenta que a suspensão foi uma afronta aos seus direitos e à sua liberdade acadêmica.