Empresas utilizam tecnologia e ciência para afastar o mosquito da dengue na região de Campinas. As armadilhas e sprays para ambientes se tornaram aliados essenciais no combate ao transmissor da doença, o Aedes aegypti. As cidades da região de Campinas estão adotando cada vez mais soluções tecnológicas para repelir o mosquito transmissor da dengue.
É preocupante que algumas cidades cobertas pela EPTV Campinas, afiliada da Rede Globo, tenham enfrentado um número significativo de casos de dengue em janeiro de 2025, chegando a 8,1 mil registros. O cenário levou algumas dessas localidades a declararem estado de emergência e epidemia da doença, conforme dados divulgados pelas prefeituras da região de Campinas.
Além das medidas convencionais para combater a proliferação do Aedes aegypti, empresas, instituições educacionais e órgãos públicos passaram a adotar a tecnologia e a ciência como estratégias para conter a disseminação da dengue. Dentre as ações implementadas na região de Campinas, destacam-se o uso de torres de metal e gás carbônico, que simulam as secreções humanas para atrair e capturar os mosquitos.
Uma empresa sediada em Mogi Mirim, em São Paulo, desenvolveu essa tecnologia inovadora que não causa danos à saúde dos mosquitos. O equipamento utiliza uma combinação de gás carbônico e elementos presentes na transpiração humana para atrair os insetos, que acabam morrendo após serem capturados. O gerente geral da empresa ressalta que essa abordagem poderia ser adaptada para ambientes públicos, como UPAs, hospitais e escolas.
Outra estratégia adotada em Jaguariúna, no interior de São Paulo, envolve a produção de um spray à base de citronela, uma planta conhecida por suas propriedades repelentes. Professores e estudantes de farmácia de uma universidade local fabricaram centenas de frascos desse líquido, que será distribuído para os moradores da cidade em ações de combate à dengue. O produto, que emite um aroma desagradável para os mosquitos, pode ser aplicado em ambientes internos.
Os especialistas destacam a importância de utilizar repelentes corporais autorizados pela Anvisa, que atuam bloqueando os receptores olfativos do mosquito. Esses produtos são eficazes para evitar as picadas do Aedes aegypti, reduzindo assim o risco de transmissão da dengue. As tecnologias baseadas em repelentes de ambiente e armadilhas são bem-vindas como complemento às ações preventivas, mas é fundamental eliminar os focos do mosquito transmissor para controlar efetivamente a doença.
Em suma, as iniciativas que unem tecnologia, ciência e conscientização da população são fundamentais para combater a dengue na região de Campinas. A adoção de soluções inovadoras, como as descritas acima, contribui para reduzir o impacto da doença e proteger a saúde da comunidade. É essencial que empresas, órgãos públicos e a sociedade em geral se engajem nesse esforço conjunto para controlar a proliferação do mosquito e prevenir novos surtos de dengue.