A ex-ministra Damares está prestes a assumir a Presidência da Comissão de Direitos Humanos do Senado. A eleição para os novos presidentes da Câmara e do Senado ocorrerá neste sábado (1º). Damares Alves ocupou o cargo de ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos de 2019 a 2022, no governo de Jair Bolsonaro.
A senadora Damares Alves, do partido Republicanos, é apontada como a próxima presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal. As eleições para os novos presidentes da Câmara e do Senado estão previstas para o próximo sábado (1º), e os favoritos para assumir os cargos são o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador Davi Alcolumbre (União-AP), respectivamente.
Damares Alves, conhecida por sua atuação no governo Bolsonaro, foi eleita senadora e tomou posse do cargo em 2023. Apoiadora fiel da ala de oposição ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela é evangélica e ganhou destaque no cenário político nacional.
Com as eleições no Congresso, haverá uma mudança na presidência das comissões e nas lideranças das bancadas partidárias. A tradição no Senado é dividir os postos de acordo com o tamanho das bancadas, sendo o PL a segunda maior e o PT a quarta. Ambas as legendas, aliadas de Alcolumbre, ocupam posições opostas na política nacional.
A indicação de Damares para presidir a Comissão de Direitos Humanos foi confirmada por líderes do governo e do PT no Senado. O filho do ex-presidente Flávio Bolsonaro também deverá assumir a Comissão de Segurança na Casa. Os detalhes finais sobre quem liderará cada comissão serão oficializados na próxima terça-feira (4).
O papel do presidente do Senado é distribuir as propostas entre as comissões para análise, enquanto o presidente de cada comissão tem influência sobre a tramitação dos projetos. Além disso, os colegiados podem convocar ministros do governo e solicitar informações aos órgãos executivos, conforme previsto na Constituição.
Recentemente, Damares esteve envolvida em polêmicas, como o caso da menina de 10 anos que teve seu pedido de interrupção da gravidez questionado, e a divulgação de informações falsas sobre abusos na região do Marajó. O Ministério Público Federal chegou a acionar a senadora e a União para solicitar uma indenização à população local.
Com Damares Alves prestes a assumir a Presidência da Comissão de Direitos Humanos do Senado, é esperado que haja debates intensos sobre temas sensíveis relacionados aos direitos humanos e à proteção de minorias. Sua trajetória política e sua atuação no governo Bolsonaro a tornam uma figura polêmica e influente no cenário nacional.